Berbigão para todos os gostos em aldeia de Portimão

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Cozinhado de mil e uma maneiras, o berbigão vai ser o prato forte do festival que se realiza na Figueira, este fim de semana, dias 11 e 12. A música e a animação também levam a festa à aldeia do concelho de Portimão, cuja população continua a manter uma forte ligação com a apanha do berbigão na Ria de Alvor. No entanto, segundo apurou o JA, este ano a ria não foi generosa e o bivalve parece mesmo em extinção.

Massa de berbigão, arroz de berbigão, papas de berbigão, rissóis de berbigão, açorda de berbigão…! Mas o que a Dona Idalécia Carmo gosta mesmo é de berbigão ao natural. “Sabe melhor, sem mais nada a confundir o sabor”, revela ao JA a presidente da Sociedade Recreativa Figueirense, que organiza o Festival do Berbigão, este fim de semana, com o apoio da Câmara de Portimão e junta de freguesia da Mexilhoeira Grande.

À semelhança dos anos anteriores, o evento vai decorrer no polidesportivo da Figueira, um recinto com capacidade para cerca de 400 lugares sentados.

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“Esperamos que venham cerca de quatro mil pessoas até cá para provarem o melhor berbigão do mundo”, salienta Dona Idalécia.

Apesar da qualidade do bivalve estar garantida, a presidente da Sociedade Recreativa Figueirense manifesta-se preocupada com a escassez que se verifica atualmente na Ria de Alvor. É que no festival é habitual consumirem-se cerca de seis toneladas!

“Nunca vi nada assim. Parece que o berbigão está em extinção na ria de Alvor. Este deve mesmo ser o primeiro ano que vamos ter de recorrer a outros locais para não faltar berbigão no festival”, adianta a responsável, que desconhece as razões que estão a levar ao desaparecimento do bivalve na ria que está “entalada” entre as cidades de Lagos e Portimão.

De meio de sobrevivência a petisco dos “deuses”

Ainda assim, Idalécia Carmo garante que o berbigão vai continuar a ser o prato forte deste certame. “Antigamente, a população dependia mesmo do berbigão para sobreviver. Hoje em dia, muitos continuam a fazer questão de ir à apanha na ria, mas a maioria é apenas pelo delicioso petisco”, refere.

Com este festival, a população da Figueira pretende assim realçar a forte ligação que mantém com o berbigão, já que, noutros tempos, a apanha na ria de Alvor e posterior comercialização foi um meio de sobrevivência para muitas famílias da região.

Para os menos apreciadores deste bivalve, a organização adianta que existem outras sugestões, nomeadamente frango assado ou salada de polvo.

“Também os doces regionais e outros acepipes fazem parte do menu”, frisam os responsáveis.

A música também vai estar presente na festa. No primeiro dia, o programa de animação inclui a Banda Atlântis (19h00) e um espetáculo com Carlos Gamito (22h00). No domingo, dia 12, a animação musical é assegurada por Pedro Miguel Silva (19h00) e a cantora Romana (22h00).

Para os apreciadores da música e da mais genuína comida algarvia, resta referir que o certame abre as portas às 19h00 e encerra à 01h00.

Nuno Couto/Jornal do Algarve

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