BES tem “almofada” de capital de 2,1 mil milhões, mas desconhece perdas potenciais com o GES

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“O Banco Espírito Santo (BES) detinha em 31 de Março de 2014, em base consolidada e considerando o montante do aumento de capital realizado em Junho, um buffer de capital de 2.1 mil milhões de euros acima do rácio mínimo regulamentar Common Equity Tier I (8%)”, lê-se no comunicado às 23:55 na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O Banco diz que não pode ainda avançar com as perdas potenciais associadas ao GES. “O Banco Espírito Santo aguarda a publicação do plano de reestruturação do Grupo Espírito Santo com vista a poder estimar potenciais perdas associadas à exposição ao Grupo Espírito Santo”. Ainda assim, assegura que não haverá risco para o cumprimento dos rácios.

“A Comissão Executiva do Banco considera que as potenciais perdas resultantes da exposição ao Grupo Espírito Santo não põem em causa o cumprimento dos rácios de capital regulamentares”.

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Esclarece também que: “Os membros que renunciaram às funções de Administradores do BES, mas que ainda não tenham sido substituídos, declaram-se impedidos de participar na discussão e/ou deliberações de questões relativas ao Grupo ESFG e ao Grupo Espírito Santo. Mais se informa que tais membros serão substituídos após a assinatura das contas de 30 de junho, o que se prevê ocorrer até 28 do corrente mês de julho”.

Exposição direta ao GES ascende a 1,7 mil milhões

A exposição direta do BES às empresas do GES, segundo o quadro e a informação avançada no comunicado, ascende a cerca de 1,7 mil milhões de euros. Valor atingindo quando somados os 1,182 mil milhões de euros de exposição da Rioforte e subsidiárias, Espírito Santo Financial Group e bancos do GES, aos 394,6 milhões de euros da Tranquilidade e aos 297 milhões de euros da Escom.

“O BES detém uma exposição às entidades do subgrupo Tranquilidade que totalizava 304.6 milhões de euros, essencialmente explicado por títulos emitidos pela T-Vida (303.5 milhões de euros)”, explica o comunicado. E acrescenta: “Adicionalmente, existe uma exposição bruta de 297 milhões de euros relativa ao Grupo ESCOM que, segundo informação prestada pelo Grupo Espírito Santo, terá sido vendida, processo ainda não encerrado mas com conclusão prevista para breve”.

3,072 mil milhões em dívida do GES no retalho e institucionais

A dívida emitida por entidades do GES e colocada junto de clientes de retalho e institucionais ascende a 3,072 mil milhões de euros. Deste montante 1,061 mil milhões de euros foram colocados nos clientes de retalho, dos quais 853 milhões de euros aos balcões do BES. No comunicado lê-se ainda que os pequenos aforradores têm também 64 milhões de euros de títulos emitidos pela Escom e 144 milhões de euros de obrigações emitidas pela Espírito Santo Tourism. A dívida colocada nos clientes de retalho está coberta por uma garantia de 700 milhões de euros.

Os clientes institucionais tinham na sua carteira a 30 de junho 2,011 mil milhões de euros, dos quais 511 milhões de euros da Espírito Santo International e 1,5 mil milhões de euros da Rioforte e subsidiárias.

RE

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