Bloco de Esquerda exige desassoreamento do canal de navegação de Tavira

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O Bloco de Esquerda do Algarve exigiu esta semana o desassoreamento do canal de navegação e da barra de Tavira, matéria que o grupo parlamentar do partido tem levantado na Assembleia da República.

Na segunda-feira de manhã, dia 16 de novembro, o deputado João Vasconcelos e outros elementos da Concelhia do Bloco de Esquerda de Tavira fizeram uma deslocação de barco desde a entrada de St.ª Luzia até à barra de Tavira, constatando “o forte assoreamento do canal de navegação entre os postes 9 e 10 e na entrada da barra, em que as embarcações têm de fazer um grande círculo para entrarem e saírem da barra, colocando em perigo as embarcações”.

Na sequência da visita, o Bloco sustenta também que a Docapesca “deverá, sem demora, proceder à reposição/reparação das escadas que dão acesso à pontes-cais da lota de St.ª Luzia, melhorando as condições de trabalho dos pescadores e evitando que ocorra algum acidente grave”.

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O BE/Algarve lamenta que a barra de Tavira e os canais de St.ª Luzia e de Cabanas de Tavira se encontrem num processo de assoreamento cada vez maior, “o que desespera as comunidades piscatórias de Tavira, S.ª Luzia e Cabanas”.

“De tempos a tempos são feitas pequenas dragagens de remediação nesta área da Ria Formosa, o que praticamente nada resolve. Inclusivamente, os fortes temporais que ocorrem durante o inverno agravam o assoreamento desta zona da ria Formosa”, recorda o partido.
“O desassoreamento da barra e canais adjacentes, de forma profunda e eficaz, tem vindo a ser sucessivamente adiado pelo governo, o que está a conduzir a um bloqueio quase total da barra. Esta situação é muito prejudicial para as atividades piscatórias e turístico-marítimas, colocando em perigo a segurança das embarcações, assim como da tripulação e dos passageiros. Com a maré baixa não é possível operar com as embarcações e mesmo com a maré alta e com uma ondulação mais forte os riscos de acidente aumentam”, acrescenta.
Lamenta que frequentemente a barra seja encerrada quando há ondulação mais forte, devido ao assoreamento. “Mesmo em alguns períodos do verão a barra é fechada, impedindo a saída para o mar de várias dezenas de barcos de pesca, para além dos inúmeros barcos de turismo e de pesca desportiva. Com a maré vazia os pescadores têm de esperar cerca de 2 horas para entrar em St.ª Luzia e outras duas para sair, o que se torna uma situação insustentável”, conclui.

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