Bloquistas algarvios apelam ao reforço da luta contra o memorando da “troika”

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O Bloco de Esquerda (BE) do Algarve apelou ao reforço da luta pela denúncia do “Memorando” e pela renegociação da dívida, considerando que esta é a “única alternativa” à política da Troika, que nos conduzirá a “um beco de fome e miséria sem saída”.

Na sua reunião de segunda-feira, o secretariado da Comissão Coordenadora Distrital do Algarve analisou a situação no distrito e saudou todos os portugueses que no passado dia 13 de outubro “souberam juntar a sua voz aos movimentos ‘Cultura contra a Troika’ e ‘Global Noise'”, em mais uma ação de protesto “contra a roubalheira das medidas deste governo”.

Os bloquistas admitem que as concentrações e manifestações de Faro, Loulé e Portimão, foram menos significativas do que as realizadas a 15 de Setembro, mas consideram que estas “foram um sinal claro do descontentamento das populações e da vontade de lutar”.

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“A luta é difícil e vai continuar até travarmos esta política da Troika”, garantem os responsáveis do BE Algarve.

Os mesmos responsáveis frisam que a preparação da Greve Geral do próximo dia 14 de novembro, recentemente integrada na Jornada Europeia de ação e solidariedade, “é uma tarefa a que o Bloco deve dedicar o máximo empenho”.

“A discussão e votação do Orçamento de Estado e a visita da ‘imperatriz’ Merkel, a 12 do próximo mês, serão outros momentos em que devemos manifestar o nosso repúdio”, diz o BE Algarve em comunicado enviado às redações.

Situação na região analisada

Os bloquistas consideram que o Algarve “continua desprezado pelo poder central”.

Neste sentido, recordam a redução dos trabalhos de recuperação da EN-125, “deixando as populações sem alternativa a uma Via do Infante cada vez mais cara”, a Lagoa dos Salgados, um dos poucos redutos ambientais da nossa região, que “continua ameaçada com a construção de um megaprojeto urbanístico de 4 mil camas, apesar da oposição de várias organizações ambientalistas”.

Noutro âmbito, o BE diz que também as populações “continuam ignoradas, pelos poderes locais”.

O Bloco de Esquerda saudou “os nove municípios que, em Assembleia Municipal, aprovaram rejeitar a alteração administrativa dos seus territórios exigida pelo governo PSD/CDS”.

Porém, lamentou a “recusa quase generalizada dos eleitos locais em auscultar as suas populações num assunto que lhes diz respeito e não constava dos programas com que foram eleitos em 2009”.

“Também em Faro e Loulé, as Assembleias Municipais aprovaram uma delimitação dos respectivos concelhos, contra a vontade expressa das Assembleias de Freguesia interessadas e sem ouvir as populações diretamente interessadas”, sublinham os bloquistas, salientando a “necessidade de ouvir e promover a participação das populações na gestão dos seus assuntos”.

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