Bombeiros atentos a eventuais reacendimentos em Vila do Bispo

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O pré-posicionamento de meios e o ataque rápido a reacendimentos do incêndio que começou na sexta-feira em Aljezur está a ser a estratégia seguida pelos bombeiros que combatem o fogo perto de Budens, em Vila do Bispo.

O vento forte, às vezes com rajadas, está a ser a grande dificuldade que os bombeiros estão a ter no combate ao fogo, dado como dominado às 09:10, mas que ainda mantém todo o dispositivo no terreno para evitar que volte a lavrar sem controlo.

Depois de ter deflagrado no concelho Aljezur, o fogo estendeu-se ao concelho de Vila do Bispo e a coluna de fumo podia ser vista esta manhã a várias dezenas de quilómetros da aldeia de Budens, onde está instalado o posto de comando da Proteção Civil responsável por definir a estratégia de combate ao incêndio.

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Durante a manhã, a poucos quilómetros da aldeia de Budens, foi constante o vaivém de carros de combate dos bombeiros, provenientes de vários distritos do país, para se revezarem junto ao foco de incêndio que ainda causava apreensão e estava a ser contido nessa zona, para evitar a expansão às redondezas, onde existem algumas casas dispersas e torres eólicas de produção de energia.

Também foi possível assistir a várias descargas de água de meios aéreos que estão a dar apoio ao combate em terra, assim como de vários carros de comando, para permitir rapidamente redirecionar meios ou intensificar ações em áreas onde o fogo ganha força.

Em declarações à Lusa, o presidente da Câmara de Vila do Bispo, Adelino Soares, disse que “neste momento o incêndio está controlado, embora com o vento e estas condições climatéricas não há garantias” de que não possa voltar a piorar.

“Está a ser combatido por corporações de todo o país e foi feito um excelente trabalho durante a noite, que permitiu neste momento ter o fogo controlado, atendendo à dimensão que tinha no dia de ontem e as dificuldades sentidas no combate, mas a forma coordenada e estruturada com que esse trabalho foi feito permitiu controlar o incêndio”, enalteceu.

A mesma fonte acrescentou que, apear de “ainda haver fogo, os reacendimentos estão a ser controlados”, e espera que o trabalho das equipas de combate consiga ir debelando esse focos e “extinguir o incêndio tão rápido quanto possível”.

Adelino Soares garantiu também que houve apenas algumas caravanas e barracões ardidos, sem precisar quantos, e que não foram atingidas residências nem houve danos pessoais a registar.

A Lusa falou com Joaquim Reis, que disse residir numa casa a pouca distância dessa área e se mostrou menos preocupado do que “já tinha estado durante o dia de ontem [sexta-feira] e durante a noite”.

“Ontem e de noite parecia estar pior. Como hoje o fogo já foi dado como dominado, esperamos que os bombeiros agora possam ir dando conta de qualquer reacendimento, porque o vento está a soprar com muita força e pode voltar a causa problemas”, disse.

Júlia Lousada também disse à Lusa que “a situação está agora mais calma” e elogiou “o trabalho excelente dos bombeiros”, que “têm sido incansáveis” para “evitar que o fogo atinja casas”, porque há residências dispersas no território.

O incêndio que deflagrou na sexta-feira em Aljezur, no Algarve, foi dado como dominado às 09:10 de hoje, anunciou o segundo comandante, Abel Gomes, do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Faro.

Contudo, advertiu, apesar do incêndio de Vilarinha estar dado como dominado, continuam a existir “pontos muito sensíveis”, que “oferecem grande preocupação” aos bombeiros.

Perante este cenário, avançou, vai manter-se todo o dispositivo no “teatro de operações” porque vai haver “certamente trabalho não para as próximas horas, mas para os próximos dias”, sendo preciso acautelar que “todo o trabalho que foi feito agora não é perdido”.

Segundo dados disponibilizados na página na internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, às 13:00, estavam no combate ao incêndio 429 operacionais, apoiados por 132 meios terrestres e sete meios aéreos.

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