Braço de ferro entre sindicatos e hoteleiros está para durar

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“Para um turismo de qualidade é indispensável valorizar o trabalho e os trabalhadores, repartir a riqueza criada de forma justa e proporcionar melhores condições de trabalho e de vida”, frisam os sindicalistas

Em causa está a dificuldade em arranjar trabalhadores para responder às necessidades das empresas ligadas ao turismo, alegada pelas associações de hoteleiros. Os sindicatos respondem que o principal problema não é a falta de pessoal, mas mantê-los no setor. E defendem “uma justa distribuição da riqueza” para tornar o setor mais atrativo para os trabalhadores. O tema está longe de gerar consensos

 

Está sem fim à vista o braço de ferro entre os sindicatos dos trabalhadores e as associações que representam as empresas hoteleiras e turísticas da região algarvia. De um lado, estas associações queixam-se da falta de mão-de-obra por causa da dificuldade que os empresários estão a sentir para contratar trabalhadores. “A falta de mão-de-obra em quantidade e qualidade para responder às necessidades empresariais do setor hoteleiro e turístico constitui um dos maiores problemas estruturais do Algarve na atualidade”, alerta a Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), que tem o apoio da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) nesta argumentação.

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Em resposta, os sindicatos salientam que “o problema não é a falta de trabalhadores”, mas sim “manter os trabalhadores no setor”. Na semana passada, o coordenador do Sindicato da Hotelaria do Algarve, Tiago Jacinto, a coordenadora da Federação dos Sindicatos da Hotelaria, Maria das Dores Gomes, e o coordenador da União dos Sindicatos do Algarve, António Goulart, realizaram uma conferência conjunta, em Albufeira, onde apontaram um rol de dificuldades que os trabalhadores enfrentam atualmente no setor do turismo. “O problema são os baixos salários, a precariedade também associada à sazonalidade, a crescente dificuldade em conciliar a vida profissional com a vida pessoal e familiar, o aumento dos ritmos e da penosidade do trabalho, a falta de perspetiva de uma carreira digna, o aumento dos casos de assédio laboral, a dificuldade de mobilidade entre a residência e o local de trabalho, a degradação das condições de alimentação, entre outros motivos”, sublinharam os representantes dos três sindicatos…

 

(NOTÍCIA COMPLETA NA ÚLTIMA EDIÇÃO DO JORNAL DO ALGARVE – NAS BANCAS A PARTIR DE 6 DE SETEMBRO)

Nuno Couto|Jornal do Algarve

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