As autoridades da Malásia desmentem mas os investigadores norte-americanos insistem que os satélites de comunicação receberam transmissões breves e intermitentes do Boeing desaparecido, o que reforça a tese do avião ter voado mais quatro ou cinco horas após perder-se o seu rasto no radar.
Segundo os investigadores consultados pelo “The Wall Street Journal”, o último registo do aparelho foi emitido a partir de uma altitude “normal” de voo, o que evidencia que, pelo menos, neste momento, estava intacto.
O jornal foi o primeiro meio de comunicação social a escrever que o avião pode ter continuado a voar durante horas depois de perder o sinal, uma informação primeiro sustentada com os dados enviados automaticamente pelos motores do Boeing 777-200, fabricados pela Rolls-Royce. Isto porque o fabricante recebe automaticamente os dados da altitude e velocidade dos aparelhos, no âmbito dos seus acordos de manutenção com a transportadora.
Área investigada está em quase 100 mil quilómetros quadrados
A ser assim, este intervalo temporal permitiria que o avião percorresse até 2200 milhas náuticas e alcançar pontos como o Oceano Índico, a fronteira com o Paquistão ou o Mar Arábico. Destinos que justificaram o alargamento da zona de investigação, agora extendida a uma área total de quase 100 mil quilómetros quadrados.
Seis dias depois do desaparecimento do voo MH370, os familiares dos passageiros desesperam perante a falta de respostas e pressionam o Governo da Malásia. Acusam o país de não estar a fazer “o seu trabalho” e insistem para as autoridades pedirem ajuda se não têm capacidade para investigar melhor.
Um descontentamento partilhado pelos governantes chineses – nacionalidade da maior parte das pessoas a bordo. A China disponibilizou oito navios e dez satélites para encontrar o avião da Malaysian Airlines, mas ontem o seu primeiro-ministro manifestou o desejo de ver melhorada a colaboração entre os países nesta operação.
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