A operação antiterrorismo iniciada esta terça-feira pelas autoridades belgas em parceria com a polícia francesa prolongou-se madrugada dentro e entrou esta manhã no segundo dia consecutivo, com agentes das forças de segurança dos dois países à procura de um ou mais suspeitos de terem atacado uma equipa da polícia durante buscas num apartamento da comuna de Forest, em Bruxelas.
O raide foi mais um a ser levado a cabo desde o final do ano passado, no âmbito da investigação aos atentados jiadistas de 13 de novembro em Paris, que provocaram 130 mortos e que foram reivindicados pelo autoproclamado Estado Islâmico (Daesh).
Um dos homens que atacou a polícia com kalashnikovs durante essas buscas foi abatido, com quatro agentes da polícia, incluindo uma agente francesa, a ficarem feridos nessa troca de tiros no subúrbio de Bruxelas.
A capital belga e centro operativo da União Europeia está em alerta máximo desde que foi confirmado que parte dos militantes do Daesh que participaram nos atentados de Paris viviam na cidade. A polícia continua esta quarta-feira à procura de um, dois ou possivelmente mais suspeitos de envolvimento no tiroteio da véspera em Forest.
Seis dos 197 indivíduos que abandonaram a Bélgica para se juntarem à Jihad do Daesh no Iraque e na Síria viviam na comuna de Forest, apontam as autoridades, referindo que até agora a cidade não era conhecida por albergar qualquer extremista.
Joana Azevedo Viana (Rede Expresso)