O calor e o fumo que se fazem sentir na capital russa aumentaram a mortalidade em quase 30 por cento no mês passado, afirmam as agências russas, citando fontes médicas.
“Em Moscovo, no mês de julho, a mortalidade aumentou 29,7 por cento”, declarou uma fonte da Interfax, sublinhando que isso se deve ao “calor catastrófico e ao manto de fumo na capital”.
Em média, na capital russa, falecem diariamente 330 pessoas, mas, em julho passado, esse número foi de 450.
Porém, Guennadi Onichenko, chefe dos Serviços Sanitários da Rússia, acusou as agências de informação russas de “lançarem o pânico”, não avançando, porém, números oficiais.
São também contraditórios os conselheiros sobre o uso de máscaras. Se Alexandre Tchutchalin, principal terapêuta da Rússia, recomenda o uso de máscaras, Ivan Orlov, cardiologista, considera que o uso de máscaras não é apenas “incómodo”, mas é contra-indicado para as pessoas com doenças cardíacas, porque dificultam ainda mais a respiração na rua.
É cada vez mais o número de moscovitas que andam nas ruas com máscaras na cara e o seu comércio floresce. Os vendedores de rua pedem três vezes mais do que o preço das máscaras na farmácia.
O fumo é cada vez mais intenso nas estações do metropolitano de Moscovo. Em algumas estações subterrâneas é difícil ver as escadas rolantes.
No entanto, a direção desse meio de transporte desmente isso, considerando que se trata de “um fator psicológico”.
Os especialistas preveem a continuação do fumo em Moscovo até terça-feira e o calor intenso até 15 de agosto.