GNR expulsa autocaravanas contra vontade da Câmara de Silves

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“O município de Silves foi totalmente surpreendido com as medidas drásticas executadas pelo núcleo de proteção ambiental da GNR”, reagiu, em comunicado, a presidente da Câmara de Silves, Rosa Palma, após as autoridades terem expulso os autocaravanistas do estacionamento junto à Fissul e do espaço de feiras e mercados, na cidade de Silves, na passada sexta-feira.

“Consideramos estranho e incorreto que a autarquia não tivesse sido previamente informada e consultada”, lamenta a autarca, realçando que a câmara vinha desenvolvendo ações de sensibilização pedagógica junto dos autocaravanistas, no sentido de os persuadir a deslocarem-se para parques limítrofes com condições apropriadas, mas permitindo ao mesmo tempo que permanecessem junto à FISSUL, respeitando determinado conjunto de normas.

Ainda assim, a autarquia admite que “houve um lapso dos serviços da câmara, ao não estabelecerem o contacto em tempo útil com os responsáveis da GNR”.

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Apesar disso, a presidente da câmara de Silves considera que, “em tempo de grave crise económica, financeira e social, mais se impunha paciência, contenção e extrema ponderação nas medidas a tomar”.

“A presença das autocaravanas na cidade de Silves representa um impulso e apoio à dinâmica do comércio local, que não é de desprezar”, frisa Rosa Palma, assumindo o compromisso de “reverter a situação, promovendo a criação de condições adequadas para a instalação de um parque público de autocaravanas na cidade de Silves”.

JA

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3 COMENTÁRIOS

  1. Li com alguma apreensão os
    acontecimentos do passado dia 21 de Fevereiro.

    Li também com alguma apreensão
    os comentários aqui deixados.

    Não querendo alimentar celeumas
    nem ferir suscetibilidades, gostaria de aqui deixar o meu modesto comentário.

    Sou autocaravanista e
    descobri Sives graças ao belíssimo espaço onde se pode/podia estacionar para
    nos apropriarmos desta magnifica cidade que, como disse, descobri e à qual voltei algumas vezes.

    Se alguém lavava a roupa
    no rio, peço desculpa mas nunca reparei.

    Se alguém tomava banho no
    rio, peço desculpa mas não reparei. E mesmo que assim fosse, …

    Se alguém lavava loiça no
    rio, peço desculpa mas não acredito.

    Se alguém urinava na rua,
    peço desculpa mas não tenho a certeza se era autocaravanista.

    Curioso que só agora se
    tenha conhecimento das denúncias da “população”. Parece, de entre outras coisas,
    uma desculpa para uma atitude prepotente da GNR. Se alguém não cumpriu a lei, perece
    ter sido quem a deve fazer cumprir, uma vez que, mais uma vez, parece ter sido
    cega na aplicação da evacuação. Digo tão repetidamente parece, porque os únicos
    dados que tenho são os veiculados pelos órgãos de comunicação local. Sou levado
    a não acreditar no encontro escuteiro uma vez que isso teria levado a um pedido
    à autarquia e, teria sido essa mesma edilidade a tratar da questão.

    Em boa hora apareceu uma área
    de serviço na localidade mas, não me parece que tal seja motivo para expulsar
    todos aqueles que, cumprindo a lei, parem o seu veículo noutros espaços.

    Tem razão o município para
    estar preocupado. Se aparecer um grupo hoteleiro a querer construir um “pequeno”
    hotel, 50 ou 80 quartos, na localidade, tenho por certo que a autarquia veria o
    projeto com bons olhos, traria por certo duas dúzias de postos de trabalho, o
    que nesta época seria bastante bem vindo. Quanto ao comércio, pouco iria beneficiar.
    Tirando umas duas ou três cervejas…

    Cinquenta ou oitenta
    autocaravanas, são a lotação do tal “pequeno” hotel, com uma pequena diferença.
    Não chegaram com meia pensão ou com pensão completa. Não consomem só meia dúzia
    de cervejas…, consomem muito a sério. Inundam o comércio local para abastecer o
    seu “quarto” de tudo e mais alguma coisa, vão ao restaurante,… e claro, também consomem
    as tais duas ou três cervejas. “Uns tostões?”

    Passei justamente por Silves
    no dia 14 de Fevereiro, desta vez de carro, mas o que vi, assombrou-me. O que
    ali estava instalado era uma “unidade hoteleira” verdadeiramente
    impressionante.

    Tem razão a autarquia para
    estar preocupada e têm razão os comerciantes porque, se a tal “pequena” unidade
    hoteleira daria emprego a duas dúzias de pessoas, é bem provável que a expulsão
    das autocaravanas venha a encerrar muito “do pouco” pequeno e não menos pequeno
    comércio local e aí…, todos perderão. Todos perderemos. Será mais uma, a somar
    às já tantas, cidade em vias de
    desertificação.

    Está na hora Srª autarca,
    de muito seriamente tomar medidas.

    Numa última nota, não poderei
    negar que já vi muitos comportamentos menos próprios, curiosamente, maioritáriamente
    por “autocaravanistas” portugueses. Na minha opinião quem não cumpre, esse sim,
    deve ser punido. Medidas coercivas, prepotentes e “para dar o exemplo”, são
    próprias de um estado fascista e aí, ainda não chegámos!

    • Pois é… Começo por dizer que respeito a sua opinião, Sr. Oliveira.
      Mas tenho algumas perguntas para si.
      Sendo o Sr Autocaravanista sabe melhor que eu que as cassetes devem ser despejadas em locais próprios e o que acontece em Silves (autocaravanismo selvagem) é que algumas (não me atrevo a dizer a MAIORIA) vão para as águas pluviais. O abastecimento de água era feito onde? Talvez água pública, não vejo alternativa! E a electricidade dos estacionamentos? Penso que será pública. Silves (CONCELHO, Silves não é só a cidade!!) é composto por habitantes todos ligados ao comércio? É QUE QUEM PAGA A ÁGUA, LUZ, LIMPEZA E SANEAMENTO DOS AUTOCARAVANISTAS É A POPULAÇÃO DO CONCELHO DE SILVES, REPITO CONCELHO!!! Portanto se os Autocaravanistas fazem falta ao comércio de Silves, os comerciantes que se juntem e abram um parque (COM AS CONDIÇÕES QUE A LEI EXIGE) para eles, eles é que tiram o proveito e NÓS TODOS É QUE PAGAMOS?

      • Peço desculpa, mas não
        entendi algumas das questões que levanta.

        No que à luz diz respeito,
        a iluminação pública está acesa quer estejam ou não veículos estacionados dos
        parques de estacionamento, as autocaravanas não necessitam de eletricidade. Em
        relação à água, peço-a nas bombas de gasolina onde me abasteço ou então
        desloco-me a uma área de serviço. Em relação às cassetes faço a mesma coisa ou
        então, nisso tem razão, se existir um sanitário público, uso-o, mas penso que
        também os costuma usar independentemente de estar ou não no seu conselho.

        Penso ainda que a questão
        não só de Silves, é de todo o concelho, é de todo o Algarve, é de todo o país.
        No fim de semana que referi, surpreendeu-me a quantidade de autocaravanas que
        vi em S. Bartolomeu, Silves, Portimão e em mais uns quantos locais entre Silves
        e Portimão. Será que devemos ignorar.

        E sim, já vi vestígios de
        despejos nos mais diversos locais. Penso no entanto que o mais correto não é expulsar
        e sim criar condições. Terá que ser esse o caminho de uma sociedade evoluída.

        Por fim, não posso
        concordar com uma mensagem que parece subjacente ao seu comentário, se assim
        não for, aqui fica antecipadamente o meu humilde pedido de desculpas: nunca
        poderei concordar com um “orgulhosamente sós”.

        Cumprimentos

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