Câmara de Silves limpa cursos de água atingidos pelos fogos

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A Câmara de Silves está a realizar trabalhos de limpeza de linhas de água em zonas atingidas pelo incêndio que, em agosto de 2018, deflagrou na serra de Monchique, alastrando depois àquele concelho, anunciou hoje o município
Os trabalhos, que visam minorar o impacto causado pelo incêndio, são financiados pelo Fundo Ambiental e estão a ser feitos pela autarquia “no âmbito do protocolo estabelecido com a Agência Portuguesa do Ambiente” em “zonas queimadas” e “passagens hidráulicas”, contextualizou a autarquia, em comunicado.
“Promover a regularização da rede hidrográfica severamente afetada pelo incêndio, por forma a restaurar o bom funcionamento da rede hidrológica e prevenir constrangimentos de escoamento, promovendo o restabelecimento do bom estado ecológico dos ecossistemas, são os principais objetivos destas intervenções”, definiu o município.
A Câmara de Silves, uma das 16 do distrito de Faro, adiantou que vai ser feito o “destroçamento do material arbustivo e arbóreo queimado de menores dimensões com recurso a corta-mato no interior do leito da linha de água e margens” e a “remoção dos resíduos que se encontram a obstruir o fluxo regular das águas”.
Está ainda prevista a “desobstrução, com recurso a maquinaria específica, nas passagens hidráulicas” e a “desobstrução e regularização do leito da linha de água, através da remoção de sedimentos, de vegetação arbórea e arbustiva viva, de resíduos vegetais e de resíduos antrópicos nas áreas não afetadas pelo fogo”, acrescentou o município.
Esta intervenção nos leitos de água iniciada em dezembro vem somar-se a outras medidas de prevenção a incêndios que a Câmara de Silves tem adotado desde o grande incêndio de Monchique, como a aquisição de um ‘robot’ de rasto para fazer trabalhos de desmatação e melhorar o “trabalho e a segurança” dos sapadores na prevenção de fogos, anunciada em novembro.
Em declarações à Lusa, a presidente da Câmara, Rosa Palma, disse na ocasião que esse ‘robot’ seria “o primeiro equipamento público, desta especificidade, a operar no Algarve” e iria permitir atuar de “forma mais imediata” nas estradas e em zonas próximas das áreas urbanas do concelho.
A máquina, que pode ser manobrada remotamente, opera em áreas de difícil acesso, sem comprometer a segurança dos operacionais e facilitando o trabalho dos sapadores florestais, que até aqui faziam o trabalho de desmatação com recurso a moto roçadores e iriam ter formação específica para manobrar o novo equipamento e fazer “um trabalho independente e complementar ao das máquinas de rasto”.
O incêndio que começou na serra de Monchique, em agosto passado, foi o maior da Europa em 2018 e alastrou também aos concelhos de Portimão, com menor gravidade, e de Silves, tendo obrigado à retirada de dezenas de pessoas das suas habitações por precaução.

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