O presidente da Câmara de Tavira, Jorge Botelho, exige que a empresa Docapesca retire as lamas que estão a provocar mau cheiro em Cabanas.
O autarca realça que o município não aprovou a deposição de lamas no local, não participou nessa decisão e solicitou, com “urgência”, a sua remoção à Docapesca.
“Ainda que sem jurisdição no local e sem ter procedido a qualquer contratação para a realização da intervenção, que considera necessária e urgente, o município de Tavira reitera a sua posição e exige a remoção das lamas do local onde se encontram”, frisa Jorge Botelho, num comunicado enviado ao JA.
O autarca explica que o município solicitou à Docapesca a realização de uma dragagem junto ao cais de embarque de passageiros em Cabanas, “uma vez que a plataforma de passageiros existente e as condições de atracagem de embarcações apresentavam riscos de segurança”.
“No passado mês de julho, a referida empresa procedeu a um conjunto de intervenções no canal de Cabanas e no cais de passageiros, entre as quais uma dragagem com depósito de lamas no areal circundante ao cais, realizada de forma inapropriada e indesejada, ação repugnada pelo município de Tavira, que manifestou, de imediato, a sua posição à Docapesca, solicitando a remoção urgente das lamas”, sublinha Jorge Botelho.
Esta reação surge após o núcleo de Tavira do Bloco de Esquerda (BE) ter questionado o executivo da câmara municipal acerca das recentes operações de afundamento do canal da Ria Formosa, em frente à vila de Cabanas de Tavira, e sobre os locais onde os lodos forma depositados.
Para o BE Tavira, esta é uma situação com “consequências negativas na restauração, na hotelaria e na própria imagem de Cabanas de Tavira como destino turístico”, exigindo respostas por parte das entidades envolvidas nestas operações.
JA