Câmaras podem poupar 280 mil euros por ano em energia

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Se todas as câmaras da região seguissem as recomendações da Agência Regional de Energia e Ambiente do Algarve (AREAL), que realizou 260 auditorias em edifícios municipais, seria possível reduzir em quase 20 por cento o consumo de energia, o que representaria uma poupança de 280 mil euros por ano. E isto é só o início…!

O consumo de energia não tem parado de aumentar na região nos últimos anos. As instalações municipais – edifícios e iluminação pública – são os que mais têm contribuído para o crescimento dos gastos.

Numa altura em que as autarquias atravessam grandes dificuldades financeiras, o diretor da AREAL, José Oliveira, revela ao JA que as câmaras poderiam poupar “milhares de euros” com “uma aposta séria na racionalização energética”.

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Nas 260 auditorias que realizámos nos últimos anos, as poupanças médias possíveis após as implementações recomendadas podem chegar aos 280 mil euros anuais”, adianta o responsável, frisando que bastaria “pouco mais de três anos para recuperar o investimento feito para realizar essa poupança”.

A redução dos gastos com energia pode ser ainda muito maior depois de estarem concluídas todas as “Cartas Energéticas Municipais”, um projeto da Agência Regional de Energia Ambiental do Algarve que envolve, até agora, os municípios de Aljezur, Lagos, Portimão, Albufeira, Castro Marim, Silves, Tavira e Loulé, estando para breve a adesão de Faro.

A Carta Energética consiste num levantamento de todos os pontos de consumo (iluminação pública e edifícios municipais) e a sua caracterização. Ou seja, para além da quantidade e postes de transformação que existem num concelho, também procuramos saber que tipo de lâmpadas utilizam e a potência, entre outros fatores que influenciam o consumo de energia”, explica José Oliveira.

Uma nova receita”

Deste modo, através das auditorias energéticas efetuadas a todos os edifícios públicos e aos postes de iluminação, “as câmaras municipais do Algarve podem ficar a saber quanto é que estão a gastar, quanto podiam poupar, qual o investimento necessário para fazer essa poupança e o tempo para cobrir esse investimento”, realça o diretor da AREAL.

Após a realização destas auditorias, José Oliveira salienta que as autarquias só têm de implementar medidas concertadas para melhorar os gastos e reduzirem a fatura energética. “Haja vontade política para isso”, apela, acrescentando que “esta é uma boa oportunidade para as câmaras arranjarem dinheiro, pois a diminuição dos custos com a energia pode ser encarada como uma nova receita”.

Entre as principais razões para o agravamento dos consumos de energia na região, a AREAL identificou um pouco de tudo, “desde lâmpadas pouco eficientes, computadores e sistemas de ar condicionado ligados em salas vazias, até monumentos iluminados quase 24 horas por dia”.

São estas pequenas coisas que fazem uma grande diferença”, refere José Oliveira, realçando que “seria bom que as próprias câmaras anunciassem de forma educativa quanto é que gastam para sustentarem determinados equipamentos municipais”.

Nuno Couto / Jornal do Algarve

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2 COMENTÁRIOS

  1. De facto acho que nesta época de crise, seria no mínimo justo que todos poupassem e as luzes de natal por exemplo fossem acendidas apenas na semana natalicia.

  2. Porque será que só agora estao a chegar a esta conclusao. Temos sol temos energia solar e fotovoltaica se podemos ter energia nossa em nossa casa porque nao tambem todos os espaços publicos de eluminaçao e nao só serem alimentados por energia fotovoltaica.
    Sem duvida é um grande investimento inicial mas que a longo prazo meus amigos poupamos alguns €€€€€€€, mas será que convem?
    Basta irem a Sevilha e muita da iluminaçao das estradas é já preparada para energia fotovoltaica e garanto que os valores não sao caros, nao podemos é vender a 4x o preço que custa.
    Enfim ……

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