Carnaval de Loulé atraiu 100 mil foliões em três dias

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Nem a chanceler alemã Angela Merkel escapou à sátira do carnaval de Loulé

O Carnaval de Loulé 2014 chegou ao fim esta terça-feira. Durante três dias, cerca de 100 mil pessoas assistiram ao mais antigo corso do país que este ano teve como tema “Único e Irrevogável”, numa sátira política e social que animou os foliões.

“Ao contrário do que aconteceu noutros pontos do país, a ausência de chuva permitiu alcançar o número de visitantes esperados inicialmente; em 2014, o Carnaval de Loulé afirmou-se mais uma vez como um cartaz turístico da região algarvia durante a época baixa e como um pólo dinamizador da economia local”, consideram os responsáveis da Câmara Municipal de Loulé.

A célebre “Batalha das Flores” voltou a não deixar ninguém indiferente, sobretudo os muitos turistas que aproveitaram a estadia na região para dar um salto até Loulé e entrar na festa. E esta terça-feira de Entrudo foi mesmo o ponto alto das celebrações, com cerca de 40 mil pessoas a encherem por completo a Avenida José da Costa Mealha.

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Os 15 carros alegóricos levaram a público o trabalho e imaginação dos artistas que trabalham no corso durante meses para pôr de pé este grandioso espectáculo.

No desfile deste ano a atualidade política esteve bem presente e, como sempre, os acontecimentos mais mediáticos não escaparam ao olhar crítico da organização. As sucessivas avaliações da Troika, os desempregados de luxo como Vítor Gaspar, Álvaro Santos Pereira ou Miguel Relvas, as relações tensas entre Portugal e Angola e os indícios de lavagem de dinheiro por parte de altos dignatários angolanos em Portugal foram alguns dos episódios transportados para este desfile.

No ano em que se assinala o 40.º aniversário do 25 de Abril, esta edição do Carnaval de Loulé relembrou também a Revolução, as figuras que marcaram as quatro décadas de democracia e a atual descrença do povo português relativamente aos ideais de Abril.

Marcado ao longo dos anos pelo carácter de solidariedade, num período de crise socioeconómica, metade da verba arrecadada com as receitas de Carnaval irá reverter para um Fundo de Emergência Social que apoiará as famílias do concelho em maiores dificuldades. O restante será distribuído pelas associações participantes no desfile, muitas delas também com um importante apoio social à população.

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