À porta do tribunal onde vai hoje ser lido o acórdão do processo de abusos sexuais da Casa Pia encontram-se, pelas 08:20, dezenas de jornalistas, não sendo visível um dispositivo de segurança reforçado.
No local, há apenas grades e três agentes das forças de segurança à porta do tribunal, no Campus da Justiça, no Parque das Nações, em Lisboa.
Aparentemente, não está definido um perímetro de segurança, não existindo ruas com trânsito cortado ou condicionado, como chegou a ser anunciado, embora sejam visíveis alguns agentes nas imediações do Campus da Justiça.
A presença mais forte é a de jornalistas, alguns dos quais estrangeiros, que montaram no local o equipamento necessário para as emissões em direto, que estão a ser feitas pelas rádios e pelas televisões.
O julgamento do processo de abusos sexuais na Casa Pia chega hoje ao fim com a leitura do acórdão final, quase seis anos depois de ter começado.
O coletivo de juízes presidido por Ana Peres, coadjuvada por Lopes Barata e Ester Santos, deverá proferir a decisão sobre a inocência ou culpa dos sete arguidos, acusados de crimes de abuso sexual, ato sexual com adolescente e lenocínio, entre outros.
O início da sessão, que decorre no Campus da Justiça, em Lisboa, está marcado para as 09:30. O fim da leitura da decisão não tem hora ou mesmo dia previsto, dependendo do consenso a que as partes chegarem quanto à leitura integral ou abreviada do acórdão.
Em tribunal respondem os arguidos Carlos Silvino, ex-motorista da Casa Pia, o ex-provedor da instituição Manuel Abrantes, o médico João Ferreira Diniz, o advogado Hugo Marçal, o apresentador de televisão Carlos Cruz, o embaixador Jorge Ritto e Gertrudes Nunes, dona de uma casa em Elvas onde alegadamente ocorreram abusos sexuais.
JA/AL
