Caso Maddie ainda envolve 37 detetives e 38 suspeitos

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Maddie desapareceu em 2007 na praia da luz

“As autoridades britânicas remeteram às portuguesas uma carta rogatória sobre o caso Maddie. E o MP português remeteu-a à Polícia Judiciária para o seu cumprimento nos termos habituais”. É este o único comentário do diretor-nacional adjunto da PJ, Pedro do Carmo, à notícia de que a Judiciária já formou uma nova equipa para trabalhar nas linhas de investigação identificadas pela polícia britânica sobre o desaparecimento da criança inglesa Madeleine McCann, como avança a Agência Lusa.

De acordo com responsáveis da Scotland Yard, ouvidos pela Lusa, um grupo de seis agentes da delegação de Faro foi formado para assistir a unidade britânica responsável pela “Operação Grange” da Polícia Metropolitana, que está a rever todas as pistas relacionadas com o caso após a intervenção do primeiro-ministro britânico, David Cameron.

Portugal é um dos 31 países a cujas autoridades foi enviada uma carta rogatória com um pedido de assistência relativo a elementos que a polícia britânica deseja ver esclarecidos, relacionados com pessoas ou dados telefónicos.
38 suspeitos e 37 inspetores a trabalhar no caso

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O detetive inspetor-chefe Andy Redwood, responsável pela equipa de cerca de 37 pessoas a trabalhar neste caso, adiantou que a polícia britânica está a tentar descobrir os proprietários dos telemóveis identificados como tendo estado na zona e altura do desaparecimento.

Esta base de dados relacionada com os telemóveis, afirmou, “já tinha sido observada, mas não ao nível de detalhe” que agora estão a fazer. Em junho, a polícia britânica anunciou a existência de “38 pessoas de interesse” que deseja questionar, entre os quais vários portugueses. “São pessoas que se encontravam num raio do local do desaparecimento e de quem há razões para desconfiar. É preciso um pouco mais do que questões circunstanciais”, explicou Redwood.

Aos 12 britânicos inicialmente identificados juntaram-se entretanto mais três, que estão já a ser investigados, mas que o inspetor acredita que “possivelmente serão eliminados” em breve da lista. A Scotland Yard, a trabalhar no caso há um ano, está confiante de ter encontrado “nova informação” relevante, com base nos 40 mil documentos e pistas recolhidos pelas polícias de Portugal, Reino Unido e por oito empresas diferentes de detetives privados.

Novo apelo televisivo a 14 de outubro

A Scotland Yard vai lançar um novo apelo televisivo, primeiro na BBC, dia 14 de outubro, e nos dias seguintes em estações da Alemanha e Holanda, estando em conversações para o fazer também na Irlanda.

Recorde-se que Madeleine McCann desapareceu poucos dias antes de fazer quatro anos, a 3 de maio de 2007, do quarto onde dormia juntamente com os dois irmãos gémeos, mais novos, num apartamento de um aldeamento turístico na Praia da Luz, no Algarve, enquanto os pais jantavam com um grupo de amigos num restaurante próximo. Depois de uma das investigações mais caras realizadas pelas autoridades portuguesas, um ano depois, a 21 de julho de 2008, o Ministério Público decidiu arquivar o caso do desaparecimento de Maddie, por falta de provas, e retirar o estatuto de arguidos aos pais da menina inglesa, desaparecida em maio de 2007.

Três anos depois de Portugal arquivar o inquérito, os britânicos iniciaram uma investigação ao caso. E já em julho deste ano, a Polícia Metropolitana de Londres, mais conhecida como Scotland Yard, avançou para uma nova fase no inquérito-crime que tem a correr sobre Madeleine McCann. Ouvido na altura pelo Expresso, uma fonte da PJ assegurou que até ao momento não tinham sido encontrados pelos ingleses indícios que justificassem a reabertura do inquérito-crime. “Pelo menos à luz da lei portuguesa, não há indícios”, acrescentou o mesmo responsável.

Hugo Franco

JA | Rede Expresso

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