Castro Marim: Centenas de flamingos nidificam na Reserva do Sapal

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Centenas de flamingos estão a nidificar pela primeira vez em Portugal, na Reserva do Sapal de Castro Marim, depois de uma primeira tentativa mal sucedida, em 2010, anunciou o Instituto Nacional de Conservação da Natureza (ICNF). (ver vídeo de Agostinho Gomes).

“Este ano, e pela primeira vez, existem duas colónias de flamingos a nidificar em duas áreas protegidas sob a gestão do ICNF, onde se estima um valor considerável de ninhos nas duas colónias”, lê-se numa nota do referido instituto.

O ICNF ao mesmo tempo que se congratula com o facto, alerta para a “sensibilidade do momento”, sublinhando “a importância de não perturbar as áreas escolhidas por esta espécie para nidificar”.

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Apesar de ser uma ave comum no inverno nas zonas húmidas litorais desde o estuário do Tejo até ao Algarve, só tinham sido registadas tentativas de nidificação em 2010, e, antes disso, na década de 1980, ambas na região algarvia, mas sem sucesso.

Segundo o ICNF, nos últimos anos, a população de flamingos tem vindo a aumentar no país, mesmo em zonas húmidas onde antes era pouco observada, no entanto, a espécie continuava sem nidificar em Portugal, por razões científicas desconhecidas.

A diminuição da atividade humana devida às restrições impostas pela pandemia de covid-19, aliada ao aumento das áreas de alimentação e repouso da espécie em Portugal – constatada por vigilantes da natureza e técnicos do Centro de Estudos de Migrações e Proteção de Aves do ICNF –, podem ter contribuído para facilitar a sua reprodução.

“Para além das razões identificadas, é do conhecimento da comunidade científica que os locais onde os flamingos (Phoenicopterus roseus) se reproduzem estão a sentir os efeitos da seca, desde há vários anos”, a que se somam outros riscos, como os incêndios florestais, ou a contaminação de aquíferos, refere o INCF.

Sem as condições ecológicas reunidas, “os flamingos não têm espaço para se reproduzirem pelo que procuram outros locais que lhes permitam alimentar-se, nidificar e reproduzir-se, como sucede em Portugal, onde existem áreas ricas em alimento”, conclui.

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