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O presidente da Câmara Municipal de Castro Marim, o social democrata Francisco Amaral, que lidera um executivo sem maioria, voltou a acusar a oposição de “irresponsabilidade”, devido ao facto da Unidade Móvel de Saúde continuar parada e daqueles vereadores terem abandonado a última reunião onde se debatia o regresso daquele serviço.
No final do ano de 2017, a maioria socialista e o vereador do CM1 não renovaram o protocolo que permitia a continuidade do funcionamento da Unidade Móvel de Saúde (UMS), a primeira no país a funcionar com médico e enfermeiro desde 2014, após o encerramento da extensão de saúde do Azinhal e de Odeleite.
Na altura, a razão da rejeição do protocolo prendia-se com a pretensa vontade de alargar o serviço móvel a outras valências, fisioterapia, psicologia e nutrição, e de incorporar médico e enfermeiro às expensas do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
“Contactadas as entidades, nenhuma manifestou disponibilidade de cedência de técnicos de saúde para a UMS”, assegura Francisco Amaral, lamentando que “desde essa altura, a oposição socialista não conseguiu encontrar qualquer solução”.
Há 15 dias, o executivo, presidido por Francisco Amaral, apresentou nova proposta de refuncionalização da UMS, com os mesmos médicos e a mesma enfermeira.
Nessa reunião, após solicitação dos vereadores do PS, o presidente da Câmara retirou a proposta para, em conjunto com a oposição, tentar encontrar uma nova solução de valorização para a UMS.
Porque essa solução não foi encontrada, o executivo social-democrata voltou a apresentar a proposta, que permite o funcionamento da UMS nos mesmos moldes, em protocolo com a Santa Casa da Misericórdia.
“Os vereadores do PS e do CM1, reconhecendo que nunca deveriam ter reprovado a primeira proposta, no momento da votação apresentaram uma contraproposta, sem o cumprimento dos normativos a que estaria obrigada e sem nenhum documento da ARS, ACES e USF Baesuris que a suportasse. Posta à votação a proposta, os vereadores da oposição, de um modo irresponsável, abandonaram a reunião, o que originou a falta de quórum e ‘términus’ da reunião”, explica o autarca.
Francisco Amaral considera que “a população idosa, isolada e desprotegida das povoações da serra não merece o abandono que se verifica desde o final do ano passado” e que “merecem mais respeito por quem, numa campanha eleitoral, prometeu defender os seus interesses”.
“É lamentável o que se passa. Na política não deve valer tudo, muito menos atitudes irresponsáveis e desumanas para com uma população já de si muito fragilizada”, sublinha o autarca social democrata.
Francisco Amaral tem razão. E chega!