Atualmente não existe qualquer estrutura do género a sul do Tejo. O provedor da Santa Casa da Misericórdia acredita que esta poderá estar concluída no prazo de dois anos
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A Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim vai construir naquela localidade a primeira residência destinada a doentes de Alzheimer do sul do Tejo. O projeto de arquitetura foi dado a conhecer na última semana ao edil Francisco Amaral pelo provedor daquela entidade, José Cabrita.
Num investimento de 2,5 milhões de euros, o equipamento social, a construir no antigo edifício sede da Casa do Povo de Castro Marim, destina-se a “dar uma resposta eficaz e adequada às necessidades específicas dos indivíduos portadores da doença de Alzheimer, não só aos doentes do concelho, mas aos de toda a região algarvia”, explicou aquele responsável.
O facto de não existir qualquer unidade desta natureza a sul do Tejo, que possa responder a doentes com esta patologia, constitui “um grave problema para as famílias que têm doentes de Alzheimer a seu cargo, visto que os Lares da Terceira Idade não têm estruturas físicas, nem pessoal especializado adequados”, sublinha.
Consciente da dificuldade que é a edificação de uma estrutura residencial com estas características, José Cabrita acredita, firmemente, que a mesma poderá ser uma realidade num prazo de dois anos, pois trata-se de resolver um problema que aflige seriamente os pacientes de Alzheimer e as famílias, “ou seja, o seu internamento e a qualidade de vida destas pessoas”.
Para o presidente da câmara municipal, a construção deste equipamento, que terá capacidade para 70 utentes, podendo criar 50 postos de trabalho, é uma boa notícia para Castro Marim.
“Em primeiro lugar, porque reflete as preocupações sociais e o dinamismo da Santa Casa da Misericórdia, depois porque constitui um bom exemplo no acompanhamento de uma doença que, infelizmente, tem vindo a registar um crescimento muito significativo”, frisa Francisco Amaral..
No próximo mês de janeiro realiza-se na Biblioteca Municipal de Castro Marim uma conferência sobre esta problemática, com a participação da neurologista Isabel Valente, do Hospital de Faro.