Proposta do executivo social democrata tinha sido chumbada pela oposição há cerca de duas semanas. Unidade Móvel de Saúde poderá voltar a funcionar, mas terá que ser com as “regras” impostas pelo PS
DOMINGOS VIEGAS
Os socialistas vão apresentar a sua proposta para que Castro Marim continue a ter uma Unidade Móvel de Saúde (UMS), depois de terem chumbado, junto com o movimento independente CM1, a que foi apresentada pelo executivo liderado pelo social democrata Francisco Amaral.
O documento será apresentado “já na próxima reunião de Câmara” [que se realiza no início da próxima semana], permitirá que a UMS “volte a funcionar ainda este mês” e passe a ter “mais valências e menos encargos para a autarquia”, explicou ao Jornal do Algarve a vereadora socialista Célia Brito.
“Votámos contra a proposta do executivo porque queremos uma UMS com uma equipa multidisciplinar, mantendo médico e enfermeiro, mas acrescentando, entre outros, o serviço de fisioterapia. Queremos um serviço mais abrangente e com custos mais reduzidos. E apresentaremos a nossa proposta já na próxima reunião de Câmara”, referiu a mesma vereadora.
O edil Francisco Amaral, que não tem maioria na Câmara, tinha considerado que o chumbo da sua proposta foi “uma decisão inexplicável” e “penalizadora das gentes frágeis de Castro Marim”. O autarca chegou mesmo a afirmar que se tratou de “uma decisão criminosa” que “o povo de Castro Marim não merece”.
Agora, basta o voto favorável do vereador José Estevens do movimento independente CM1, que também tinha votado contra a proposta do executivo, para que a proposta dos socialistas seja aprovada por maioria e o executivo tenha que a pôr em prática.
Recorde-se que, na sequência das últimas eleições autárquicas, o executivo camarário de Castro Marim passou a estar formado apenas pelo presidente Francisco Amaral e pela “vice” Filomena Sintra, enquanto a oposição tem três vereadores (dois do PS e um do movimento CM1).
Esta composição da Câmara também já tinha levado ao chumbo do orçamento municipal para 2018 por parte da oposição, em meados de dezembro. Os vereadores do PS e do CM1 explicaram que o executivo, além de não lhes ter dado tempo suficiente para analisar o documento, entregou-lhes “apenas um esboço” do orçamento. Célia Brito, em declarações ao Jornal do Algarve, também tinha explicado que votará a favor, desde que o documento inclua as suas propostas.