Castro Marim: PS responde à entrevista de Francisco Amaral

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Na sequência da entrevista ao presidente da Câmara Municipal de Castro Marim, Francisco Amaral, publicada na edição do Jornal do Algarve de 19 de julho e na última semana na nossa edição on-line, com o título “Há um acordo manhoso para destruir o município”, e ao abrigo do Direito de Resposta, publicamos o seguinte texto que recebemos do Secretariado do PS de Castro Marim:

“Continua o descaramento sem limites do Dr. Amaral!… O Dr. Amarar optou pelo caminho da mentira e da demagogia sem limites!

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O presidente da Câmara Municipal, Dr. Francisco Amaral, ao seu estilo propagandista e desrespeitador da oposição no executivo municipal, fez, na edição de 19 de julho do Jornal do Algarve, mais um feroz e urdido ataque à sua querida oposição, numa linguagem imprópria de alguém que se apregoa como mais Humano e “homem bom”, voltando a mostrar as suas garras antidemocráticas e com laivos do passado próprias de um qualquer ditadorzito, querendo impor e perverter a vontade dos castro-marinenses que entenderam, esses sim verdadeiramente humildes, atribuir os mandatos na Câmara Municipal desta forma equilibrada, retirando-lhe a maioria absoluta que tivera no passado mandato.

Quem se sujeita às regras democráticas deve e tem que saber convenientemente viver com elas e, não querer impor a sua vontade ao arrepio da maioria, querendo com ímpetos e vontades mesquinhas decidir unilateralmente e sem respeito pelos outros numa atitude de “quero posso e mando”. Não!.. não foi isso que os castro-marinenses disseram e desejam certamente para bem do nosso concelho.

Repete e volta a repetir que a oposição não o deixa trabalhar, como vergonhosamente anuncia em “Outdoors” colocados com duvidosa graçola e pagos com o dinheiro de todos nós, quando na realidade não esboça o mínimo esforço e de forma séria, para consensos em matérias essenciais com o partido Socialista, mantendo teimosa e prepotentemente a sua vontade e iniciativas ainda que, nalguns casos, em presença de pareceres técnicos exteriores que comprovadamente dão razão às questões levantadas pelo PS, tenta contrariar instrumentos de planeamento e gestão do território em vigor e que constituem Lei, colidindo assim com o proposto pelo executivo.Na realidade, estamos perante uma estratégia do Dr. Amaral e da sua vice, na tentativa de ludibriar os menos atentos e esclarecidos, aos quais tenta vender a imagem de que a oposição apenas quer parar o concelho!

Fala ainda o Dr. Amaral da existência de uma coligação manhosa no executivo que não foi desejada pelo povo e que prejudica o concelho de Castro Marim. Refere que também não possui maioria absoluta na Assembleia Municipal, mas nada diz sobre a sua urdida, desesperada e despudorada iniciativa, essa sim manhosa, quando antes da eleição da mesa da Assembleia Municipal reuniu com alguns membros eleitos nas listas do CM1 e do PS, para votarem para a eleição de mesa da assembleia municipal no seu candidato PSD/CDS à presidência da assembleia municipal, candidato derrotado nas urnas pelo PS por margem confortável, demostrativa da verdadeira vontade do povo de Castro Marim, pessoas essas que não se deixaram subornar e vender a “alma ao diabo”.

Habituado no mandato anterior, quando conseguiu aliciar e subornar a hoje sua Adjunta do Gabinete pessoal, que num ato de traição política ao PS que a tinha admitido na sua lista para presidente da Junta de freguesia de Altura, subvertendo a maioria absoluta que o PS detinha, veio agora neste mandato tentar obter o mesmo desiderato num golpe de mestre, coisa que não logrou e que muito o incomoda.

Não respeitar as regras da democracia, tentando ganhar na jogada política aquilo que não conseguiu em sede do ato eleitoral, é batota própria daqueles que exacerbadamente cultivam a sua imagem nos órgãos de comunicação social, tentando compensar as suas verdadeiras inconsistências e esvaziamento de carácter, através do ataque sem limites e sem ética aos seus adversários políticos.

Sobre as considerações do Sr. Presidente, detenhamo-nos sobre aquelas em que este insiste, quase de forma autista, reconstruir a história e criar a sua verdade oficial.

No caso da Unidade Móvel, em que os vereadores do PS votaram contra um protocolo menos transparente, mas sempre propuseram alternativas como foi um novo modelo se Serviço Móvel Integrado de Proximidade (SMIP), que mantinha a unidade móvel, promovia uma efetiva articulação com o SNS e passava a disponibilizar mais funcionalidade e a participação de enfermeiros da USF de Castro Marim, o Dr. Amaral, de forma prepotente, sempre se recusou levar a reunião de câmara as propostas do PS e nunca não aceitou, contrariando o regimento da CM, as contrapropostas e os caminhos apontados pelo PS, empenhando-se apenas em promover uma campanha difamação e vitimização e tirar dai os devidos dividendos políticos, algo que parecer ser a sua única razão de estar na politica. Afinal a solução sempre esteve nas suas mãos, como aliás acabou por se demonstrar quando, à revelia da CM, acabou por reativar a Unidade Móvel. Como diz o povo, gato escondido com rabo de fora!

Mente descaradamente o Sr. Presidente, ao dizer que a oposição bloqueia propostas e põe em causa o financiamento comunitário e dá os únicos dois exemplos, a praia fluvial a construir dentro da albufeira de Odeleite (que nunca seria praia, ao contrário do que acontece em Alcoutim) e a requalificação da envolvente da casa do Sal.

No caso da praia fluvial, o PS sempre se manifestou a favor de um centro de atividades náuticas não poluentes na albufeira de Odeleite, como aliás consta do seu programa eleitoral. Esta vertente até já tinha e tem um promotor privado interessado no seu desenvolvimento, sendo apenas necessário a construção, pelo Município, de acessos, valas técnicas e algumas infraestruturas de apoio, a custos muito inferiores à proposta do executivo, com custos brutais, e na sua maioria, não financiados.

Contudo, sem prejuízo de questionarmos a opção técnica e de localização do projeto (acesso inclinadíssimo e tortuoso à piscina), apresentado pelo executivo, com muitas e pesadas infraestruturas, que têm obrigatoriamente que ser removidas no final da época balnear,conforme obriga o plano de ordenamento da albufeira, a questão de fundo é outra, é que o PS defende e insiste que não se devem desviar centralidades de uma aldeia histórica, um autêntico presépio junto a uma ribeira, com características ímpares para o desenvolvimento de atividades económicas e turísticas em espaço rural e que está abandonada pelo executivo. Mais, O PS considera, ao contrário do que alega o Dr. Amaral que existem soluções, várias até, a jusante da ribeira,para a criação de uma pequena praia fluvial, nem sequer carecendo de descargas da albufeira, bastando apenas uma adequada limpeza da ribeira e a alimentação constante do espelho de água, de Maio a Setembro, com recurso a um caudal diário não superior a 250m3 (aprox. 40.000 m3 de 1 Maio a 30 de Setembro), o suficiente para regenerar e alimentar o espelho de água. Trata-se de um volume absolutamente irrisório quando temos um projeto de regadio da Várzea de Odeleite aprovado e que garante a dotação de água que oscilará entre 700.000 e 1.000.000 de m3 anuais.

Negociar esta dotação não seria difícil. Esta aposta, associada a uma requalificação da área envolvente e dos acessos dentro da aldeia, constituiria a verdadeira alavanca para um desenvolvimento sustentável e um verdadeiro contributo para a sua regeneração social e urbana. O parecer da APA não o impede, sugere zonas a jusante para a praia fluvial e refere a ausência de uma proposta concreta sobre o assunto, por parte do executivo. É possível, ao contrário do que afirma o Dr. Amaral, fazer mais por Odeleite, em Odeleite e sem criar um arraial de perturbação e poluição dentro da Albufeira.

O Sr. Presidente mente quando fala da irredutibilidade dos vereadores do PS. Ao contrário do que afirma, na única reunião que teve lugar no gabinete do Dr. Amaral e a pedido dos vereadores socialistas, o PS apresentou uma solução consensual que seria a manutenção apenas das infraestruturas necessárias de apoio ao centro de atividades náuticas, com o compromisso do executivo em discutir com os vereadores do PS as soluções a jusante da barragem. Mais, apesar dos avisos do PS, o Dr. Amaral deixou propositadamente passar a oportunidade que constituía o período de reprogramação da candidatura, onde poderia fazer os ajustamentos em função do que era consensual e vem agora falar de irredutibilidade? É preciso não ter vergonha!

Sobre a requalificação da zona envolvente da casa do sal, o Dr. Amaral mente de forma descarada ao afirmar “…e vem a oposição e chumba isto,…”. A oposição não chumbou absolutamente nada, já que o Dr. Amaral retirou a proposta da ordem de trabalhos e por isso não foi votada.

De facto o que se passou foi que os vereadores do PS questionaram alguns aspetos da proposta que, independentemente do parecer dos técnicos do Município, pareciam conflituar, de forma clara, com o Plano de Pormenor aprovado para a zona em causa. Trata-se de um instrumento legal, publicado em Diário da República, cuja inobservância configura uma ilegalidade.

Sugerimos então que a forma de ultrapassar a questão era solicitar um parecer da CCDR e caso este fosse concordante, os vereadores do PS estariam disponíveis para deixar passar a proposta. Desde essa altura e apesar de termos insistido em todas as reuniões, que nos fosse facultado o pedido de parecer e o parecer, nada nos foi facultado e vem agora o Dr. Amaral dizer que tem consigo o dito parecer e mais grave, que não o mostra porque nós não vamos acreditar. Isto é algo surreal, inaceitável para um edil e um insulto à inteligência de todos nós e em particular dos castro-marinenses!

O PS está, como sempre esteve, disponível para servir os verdadeiros interesses dos castro-marinenses e de quem aqui investe e procura o bem do nosso concelho, mas não cede a caprichos e egos mesquinhos, que consubstanciam vaidades escondidas sob a capa de uma falsa e muito promovida humildade!

Os castro-marinenses vão deixando de acreditar em processo inconsequentes e desculpas esfarrapadas, ainda que alguém pense, que uma mentira repetida várias vezes possa vir a ser considerada uma verdade!

O PS sempre a servir os castro-marinenses.

O Secretariado do PS de Castro Marim”

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