Cavaco considera “totalmente improvável” que Portugal ou Grécia saiam da zona Euro

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O Presidente da República considerou hoje “totalmente improvável” que Portugal ou a Grécia saiam na zona Euro, considerando que seria um “desastre” para a Europa ver ruir o “edifício que é a Zona Monetária Europeia”.

“Eu estudei muito a zona Euro, tenho livros publicados sobre a zona Euro, eu não acredito que Portugal alguma vez saia da zona Euro, nem acredito que a Grécia venha a sair”, afirmou o chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, quando questionado sobre as declarações de Paul Krugman, prémio Nobel da Economia.

Numa entrevista publicada domingo no El Pais, Paul Krugman disse acreditar que “há uma possibilidade plausível de a Grécia ser forçada a sair do euro” e considerou que isso contagiaria todos os outros países da zona euro, com especial incidência para Portugal.

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“Eu acho que é uma certa falta de conhecimento do que é de facto a zona Euro, eu penso que seria um desastre para a Europa, não era para a Grécia, para Portugal, para a Irlanda ou para Espanha, seria um desastre para a Europa se por acaso este edifício que é a União Monetária Europeia viesse a ruir”, sublinhou Cavaco Silva, que falava aos jornalistas à margem da IV jornada do Roteiro para as Comunidades Locais Inovadoras.

Sublinhando que não se deve “ir por esse caminho”, porque, na sua opinião, se trata de “um caminho totalmente improvável”, o Presidente da República disse acreditar na “sabedoria” dos líderes europeus para não permitirem que tal aconteça.

“Devemos confiar de facto no Euro, eu sou um defensor do Euro, o Euro dá-nos uma ajuda notável que nem sempre nos apercebemos”, notou.

Uma “ajuda” que, segundo o chefe de Estado, passa por cada país não se ter que preocupar com a desvalorização da moeda, mas também pela diminuição dos custos com a troca de moeda.

Além disso, acrescentou, as portas dos mercados financeiros internacionais abriram-se.

“É sabido que as vantagens para um país pequeno pertencer à zona Euro são muito maiores do que um país grande”, admitiu ainda, recordando que os custos de transação com a moedas fracas eram sempre muito mais elevados do que os custos de transação com as moedas fortes.

*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***

Lusa/JA

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