Cavaco marca legislativas para 4 de outubro e exige Governo “estável e duradouro”

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Cavaco Silva anunciou esta quarta-feira em declaração oficial aos portugueses que as próximas eleições legislativas são a 4 de outubro. Esta foi a data que não obteve rejeição por parte de nenhum partido com assento parlamentar, que foram ouvidos quarta-feira em Belém.

O PCP pronunciou-se contra o 27 de setembro, alegando que seria melhor realizar eleições num ambiente de maior normalidade, mas o próprio Presidente já deixara entender, em conversa informal com os jornalistas, que essa era também a data que preferia.

Nesta sua última intervenção de fundo antes da realização das eleições, Cavaco Silva voltou a reiterar aquilo que já tem dito: a necessidade de um Governo “estável e duradouro, que seja capaz de prosseguir uma política que traga mais riqueza e mais justiça social ao nosso país”.

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Após os sacrifícios que fizeram, os portugueses têm o direito, mas também o dever de o exigir, afirmou ainda, reiterando que seria “extremamente desejável que o próximo Governo disponha de apoio maioritário e consistente na Assembleia da República”.

Recorrendo ao exemplo dos outros países europeus (“os governos de 26 países da UE dispõem atualmente de apoio maioritário nos respetivos parlamentos”), Cavaco Silva foi perentório ao dizer que “devido aos grandes desafios que tem de enfrentar, Portugal é dos países da Europa onde a estabilidade política é mais necessária”.

Apelos à elevação na campanha

O facto de voltar a pedir um Governo com apoio maioritário na Assembleia não impediu o Presidente de assinalar que a principal responsabilidade por um governo de coligação pertence aos partidos. “Cabe aos partidos a responsabilidade pelo processo de negociação visando assegurar uma solução governativa estável e credível que disponha de apoio maioritário no Parlamento.”

“Alcançar um governo estável é uma tarefa que compete inteiramente às forças partidárias”, disse o Presidente, para quem “os acordos interpartidários só têm consistência e solidez se contarem com a adesão voluntária e genuína das forças políticas envolvidas”.

Na atual situação, lembrou, com os problemas económicos e sociais que tem, “Portugal não pode dar-se ao luxo de lhes juntar problemas político-partidários”.

Cavaco apelou ainda a que a campanha decorra “com serenidade e elevação” e de forma esclarecedora e que, sendo desejável o confronto das ideias e projetos, “a luta partidária não deve resvalar numa crispação sem sentido ou na agressividade verbal”.

“No momento que Portugal atravessa, é essencial preservar as pontes de diálogo entre forças partidárias e os diversos agentes políticos”, salientou ainda o Presidente.

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