Cavaco Silva “aliviado” com privatização da TAP

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O Presidente da República está “aliviado” com a privatização da TAP e considera mesmo que “a maioria do capital é português” e que por isso “temos todos de aplaudir”.

“A informação que recebo é a do Governo, a que junto a proveniente da União Europeia, da Direcção Geral de Concorrência”, afirmou Cavaco Silva, numa conversa informal com os jornalistas no avião, no domingo, a caminho da capital búlgara.

“A conjugação das duas apontam para que a TAP tenha possibilidade de permanecer como companhia europeia autónoma, com o hub em Portugal, satisfazendo o serviço público, e com as suas especificidades próprias de ligação a África e ao Brasil”, destacou.

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Questionado sobre o facto de a Comissão Europeia poder investigar a possibilidade de a maioria do capital não ser europeu, o Presidente afirmou não ter dados.

O “sim” da União Europeia à privatização da companhia aérea portuguesa terá principalmente a ver com a exigência das regras europeias de mais de 50% do capital ter de ser europeu – uma questão que alguns colocam devido à posição maioritária aparentemente duvidosa do acionista português (Humberto Pedrosa, dono da Barraqueiro) no consórcio que comprou a empresa, e que inclui ainda o brasileiro-americano dono da companhia aérea low-cost Azul, David Neeleman.

Cavaco Silva deu assim a entender que não se concretizou o cenário que temia, e para o qual já advertira há dois meses. Na altura citou o exemplo da privatização de outras companhias de bandeira, a polaca e a italiana Alitalia, à qual se sucederam milhares de despedimentos e cancelamento de rotas. E voltou a fazê-lo agora.

Confrontado com a questão de o encaixe financeiro para o Estado português ser muito baixo, Cavaco Silva devolveu a pergunta: “quanto pagava por uma empresa com 1060 milhões de dívida?”

Ego satisfeito

O Presidente respondeu também às críticas da oposição sobre o seu discurso do 10 de junho, que o acusaram de ter sido muito “colado ao Governo”.

“Não participo em jogadas político-partidárias, não cedo a pressões, venham da direita, da esquerda, do centro ou das costas”, disse. “Só faço aquilo que corresponde ao superior interesse nacional e, depois de ter ganho quatro eleições por mais de 50%, o meu ego está no máximo, está mais do que satisfeito, não preciso de mais nada”.

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