Neste encontro, a CDU teve oportunidade de “manifestar perante estes profissionais que a Ria Formosa é um valioso património natural e ambiental existente no Algarve, mas que tem sido maltratado pelos sucessivos governos”.
Para a CDU são aqueles que vivem e trabalham na Ria, particularmente os milhares de mariscadores e pescadores, “os que mais interessados estão na sua recuperação ambiental”, bem como aqueles que “em melhores condições estão de preservar este importante património que também é seu”.
“Os chamados planos de ordenamento das áreas protegidas, em particular, o da Ria Formosa (que levou às demolições), ao oporem hábitos, práticas e atividades tradicionais à conservação da natureza, geram um estímulo ao abandono dos territórios que visam proteger”, lamenta o Partido. Desta forma, a CDU “rejeita esta perspetiva”, defendendo que “é possível e necessário compatibilizar a proteção e defesa dos valores naturais com o desenvolvimento económico, social e cultural das populações residentes”.
Para a CDU, as grandes ameaças à Ria e ao ambiente, “não são os homens que todos os dias se fazem ao mar ou à maré”, mas sim “a enorme pressão do Turismo, os apetites imobiliários e os grandes interesses económicos que olham para a Ria Formosa como uma nova galinha dos ovos de Ouro”.
A CDU recordou a intervenção no que toca às ações de defesa da Ria Formosa que o Partido tem levado a cabo, “desde a luta contra as demolições, às propostas em defesa das atividades tradicionais de pesca e marisqueio, desde a salvaguarda de espécies como o Cavalo Marinho, à exigência de meios para os organismos públicos virados para a proteção ambiental”.
Catarina Marques, defendeu, junto dos mariscadores e viveiristas, uma intervenção integrada na Ria Formosa que, apoiando as atividades económicas da pesca e do marisqueio, “assegure o investimento público nos organismos públicos responsáveis pela proteção e conservação do ambiente da Ria Formosa, na realização de dragagens, no combate às fontes de poluição, no apoio às atividades produtivas tradicionais e ao equilíbrio ambiental”.