Várias centenas de pessoas acompanharam esta manhã o funeral do historiador António Rosa Mendes, que foi a enterrar no cemitério de Cacela Velha, freguesia de Vila Nova de Cacela, concelho de Vila Real de Santo António.
Após a vigília fúnebre na casa mortuária de Vila Real de Santo António, o corpo do historiador seguiu para a Igreja de Cacela Velha onde era esperado por centenas de pessoas. À missa seguiu-se o cortejo fúnebre, que percorreu os escassos metros entre a igreja e o cemitério da sua terra natal, onde foi sepultado.
Além de conhecidos, admiradores e amigos, foram muitas as entidades que se fizeram representar, desde diretores regionais a autarcas, passando por inúmeros nomes ligados à Cultura da região algarvia e, também, muitos alunos e antigos alunos. O Jornal do Algarve registou alguns depoimentos e todos são unânimes em considerar que se perdeu um grande homem, mas também um grande nome da cultura da região algarvia.
Dália Paulo, diretora regional da Cultura:
“Deixa um grande vazio. Um vazio pessoal e também pelo homem e pela referência que era na nossa cultura. Era uma voz credível, ativa e, sobretudo, era uma voz ouvida. Por isso o vazio que deixa é muito grande. Aprendemos com ele em todos os momentos, nos formais e nos menos formais”.
João Guerreiro, reitor da Universidade do Algarve:
“Um momento muito triste. É um homem, um académico na verdadeira aceção da palavra. Para além do académico e do professor, era um cidadão exemplar, com intervenção cívica… Era o homem que mais sabia da história do Algarve dentro da universidade. É uma grande perca para a universidade e para a região”
Luís Gomes, presidente da Câmara Municipal de Vila Real de Sto António:
“Um dia muito triste para Vila Real de Santo António e também para o Algarve. É um homem brilhante, ímpar e um prestigiado intelectual que nos deixa. Para nós, vila-realenses, é um enorme orgulho ter António Rosa Mendes como cidadão”
Pedro Pires, ex-aluno:
“Foi uma pessoa que me marcou muito, aliás, como deve ter marcado todos os alunos e todas as pessoas que passaram pela sua vida. Inspirou muita gente e era uma pessoa admirada por muitos”
Fernando Pessanha, ex-aluno:
“A morte do professor Rosa Mendes é um tremendo abalo. Para os seus alunos, porque além de um professor era um autêntico amigo e um orientador dentro e fora das aulas. Mas é também uma perda catastrófica e irreparável para a Cultura no Algarve. Este homem foi a locomotiva em prol da gesta pela fruição cultural. E agora perdemos esta locomotiva…”
João Tomás Rodrigues, ex-aluno:
“Perde-se um professor, que destacava pela faceta humana, mas perde-se, essencialmente, um defensor da região em todas as suas dimensões. Perde-se alguém que associou o estudo da História àquilo que é a valorização da memória e da identidade da região”
Domingos Viegas