“Não há qualquer corte no investimento público para pagar salários”. Mário Centeno é claro e diz que a diferença entre o cenário do programa eleitoral e o do programa do Governo do PS é explicada totalmente pela revisão das contas públicas feitas pela Comissão Europeia. Bruxelas, nas novas previsões que fez, alterou os valores passados relativamente às despesas com pessoas e despesa de capital, o que provocou alteração no novo cenário macroeconómico, explica o economista.
Centeno diz que o impacto das novas medidas negociadas com o Bloco de Esquerda e com o Partido Comunista é nulo em termos orçamentais.
O Expresso escreveu esta manha que, segundo a proposta de programa do Governo apresentada pelo Partido Socialista, o aumento da despesa com pessoal das administrações públicas seria de cerca de 875 milhões de euros face ao programa eleitoral do PS. A informação consta do quadro última página da proposta, e que compara o programa do Governo do PS com o seu programa eleitoral. Mas Mário Centeno diz que essa leitura está errada e que pode ser visto no quadro de revisão de impacto das políticas onde o valor das duas rubricas é zero.
João Vieira Pereira (Rede Expresso)