Chamas continuam a avançar com várias aldeias na linha de fogo

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O incêndio que afeta a serra de Monchique já consumiu uma área gigante, que já ultrapassa os 23 mil hectares, o equivalente a 23 mil campos de futebol. As chamas continuam ativas em vários pontos e os reacendimentos sucedem-se, havendo ainda várias aldeias na linha do fogo.

Segundo a página da Proteção Civil na internet, o incêndio, que começou na zona da Perna Negra, na sexta-feira, e que alastrou aos territórios vizinhos de Portimão e de Silves, mobilizava ao início desta tarde de quinta-feira 1.314 operacionais, 391 meios terrestres e catorze meios aéreos.

Nesta altura, o fogo de Monchique não tem nenhuma frente ativa. No entanto, ainda não foi dado como extinto devido ao risco de reacendimentos. Normalmente, é durante a tarde que o vento sopra com mais intensidade nesta zona do Algarve e, como tal, todo o cuidado é pouco. A grande preocupação das autoridades está concentrada agora entre uma imensa área entre Monchique, Silves, São Bartolomeu de Messines e São Marcos da Serra.

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Esta manhã estavam deslocadas 299 pessoas, distribuídas por centros de apoio em Portimão, Monchique, Marmelete, Silves e São Bartolomeu de Messines.

Segundo o último balanço, o número de feridos no incêndio de Monchique já atinge as 36 pessoas, dos quais 19 são bombeiros. Este número foi avançado por Patrícia Gaspar, 2ª comandante operacional da Proteção Civil, adiantando que a situação destes bombeiros não é grave. “São basicamente inalações de fumos, exaustão e entorses”, esclareceu.

Entretanto, as mais de 100 pessoas que foram retiradas de várias localidades de Silves e que pernoitaram no pavilhão de Messines já começaram a regressar às suas habitações.

A Câmara de Portimão está a disponibilizar desde esta quinta-feira uma linha (808 282 112) que concentra toda a informação sobre voluntariado e donativos.

Esta manhã, o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) anunciou que 29 linces foram retirados do centro de reprodução situado na Herdade das Santinhas, no concelho de Silves, apenas como “medida de prevenção”.

A Proteção Civil apela à população para acatar de imediato as eventuais ordens de evacuação dadas pela GNR. Mas apesar deste apelo, já foram registados vários episódios em que os moradores recusam-se a abandonar as suas propriedades e são “forçados” a sair pelos militares. “Salvar vidas humanas é a prioridade da Proteção Civil”, explicam os responsáveis.

A Direção-Geral de Saúde alertou a população para os perigos da inalação de fumo que pode provocar danos nas vias respiratórias.

NC|JA

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