China pode tornar-se um dos principais clientes de Portugal

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A China tem condições para dentro em breve se tornar o quinto ou sexto cliente de Portugal, uma progressão muito rápida que não tem paralelo com outros países. A opinião é do novo presidente da AICEP, Miguel Frasquilho, que falou aos jornalistas em Macau, onde esteve integrado na delegação que acompanhou a visita do Presidente da República à China, concluída domingo.

Frasquilho, que com esta visita realizou a sua primeira missão ao exterior na qualidade de dirigente da Agência responsável pelo Investimento e Comércio Externo, disse que atualmente a China ocupa o décimo lugar (menos quatro do que em 2013) entre os clientes de Portugal, mas que os acordos e contactos realizados no decurso da visita fazem prever uma “progressão extraordinária”.

“Apesar de ter havido alguma progressão nos últimos anos, os números mostram que há margem para muito mais”, afirmou o ex-deputado do PSD. As exportações de Portugal para a China pesam apenas 1,7% nas exportações portuguesas totais e pesam 0,1% no mercado chinês, segundo revelou.

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Por outro lado, os investimentos têm evoluído positivamente nos últimos anos e só durante a viagem foram assinados 12 memorandos de entendimento e parcerias entre empresas e instituições portuguesas, afirmou, citando a título de exemplo os realizados pela EDP-China Three Gorges, a Caixa Seguros com a Fosun, a REN com a State Gride, a Sonaesierra com Cityshop, ou o BES com o China Development Bank, para além de dois memorandos entre a própria AICEP e a sua congéneres chinesas, em Xangai e em Pequim.

Portugal já pode exportar laticínios para a China

Como pequena economia aberta, Portugal depende muito das exportações e do investimento para poder ter níveis maiores de desenvolvimento, disse Frasquilho, que se mostrou confiante que a seguir a esta missão muitas outras se seguirão este ano. “Não encontrei nenhum empresário que não tivesse dito que esta viagem não tinha valido a pena”, afirmou.

O presidente da AICEP não se quis comprometer com novos negócios já firmados, mas segundo avançou a Radio Renascença, um dos dossiês que terá sido desbloqueado por Paulo Portas na reunião da comissao mista realizada no decurso da visita foi o do leite e lacticínios.

Prevê-se que dentro de algumas semanas os industriais do setor já possam começar a exportar para a China, e também que uma inspeção chinesa deverá também em breve deslocar-se a Portugal para avaliar o sector das carnes, outro dos dossiês pendentes.

Miguel Frasquilho não se comprometeu contudo com o o reforço dos funcionários da AICEP na China, que são em número muito reduzido: “temos dificuldades orçamentais, o não quer dizer que a hipótese não venha a ser colocada no futuro”.

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