O Bloco de Esquerda do Algarve alertou esta semana para a persistência de problemas graves na urgência pediátrica do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA), mais precisamente no hospital de Faro, anunciou o partido.
Esta unidade foi encerrada durante vários dias durante o mês de fevereiro por falta de especialistas de pediatria, “uma situação que já se vinha a arrastar desde antes e que, afinal, ainda não foi ultrapassado, pois as carências destes médicos continuam”.
Mais recentemente existiram falhas nas urgências pediátricas dos hospitais de Faro e Portimão, “fazendo com que os utentes recorressem a Beja, o que representa uma violência extrema”, segundo o comunicado do partido.
O Bloco de Esquerda refere que as justificações dadas pelo Conselho de Administração do CHUA são relativas à carência de médicos pediatras que, juntamente com algumas baixas médicas no hospital de Faro, impediam a constituição de equipas nas urgências pediátricas.
O partido considera ainda que o Governo tem de resolver esta situação “o quanto antes” e que o recurso das urgências pediátricas do hospital de Portimão ou Beja “não representa qualquer solução”.
“As urgências pediátricas precisam de funcionar de forma regular e adequada no Algarve, oferendo às crianças e pais da região todas as condições de segurança e comodidade”, acrescenta.
O Bloco de Esquerda recorda que a falta de profissionais nas unidades de saúde pública no Algarve “tem sido recorrente” e atira as responsabilidades aos “diversos governos do PS e PSD”, conduzindo assim o SNS “à degradação e ao florescimento das clínicas e hospitais privados”.
“É preciso contratar mais médicos e outros profissionais de saúde, com carreiras e condições de trabalho atrativas, defendendo e reforçando o SNS na região. É preciso valorizar adequadamente os profissionais de saúde, que tanto esforço e dedicação têm dado, como se tem visto na situação de pandemia e noutras situações”, refere.