Ciclistas do Tavira consideram “triste” e “pouco ética” atitude do restante pelotão

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David Blanco e Cândido Barbosa mostraram a sua indignação no final da etapa

As palavras “ciclotorismo”, “pouco ético”, “triste” e “sozinhos” foram as encontradas por Cândido Barbosa e David Blanco para caracterizar uma etapa e um pelotão que chegou a permitir uma fuga de 183 quilómetros e 15 minutos de diferença.

“Foi uma etapa atípica para início de Volta a Portugal. Foi pouco ético e correto o que se passou hoje [ontem] no pelotão. Fomos todos muito amadores”, considerou, irritado, Cândido Barbosa.

O dorsal 2 da Palmeira Resort-Prio chama “ciclotorismo” ao ritmo imposto pelo pelotão na primeira etapa da volta, que culminou com a vitória isolada do ucraniano Oleg Chuzhda.

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“Senti-me mal no pelotão, pois parecia ciclotorismo e os ciclistas em fuga conquistaram logo 15 minutos de avanço. A nossa equipa trabalhou sozinha e depois teve a ajuda da Xacobeo Galícia, mas, depois de casa arrombada, não vale a pena pôr trancas na porta”, analisou, ao seu melhor estilo, Cândido Barbosa, que não escondeu a tristeza de quem “queria ter ganho” a etapa.

Também crítico, à chegada a Oliveira de Azeméis, esteve o espanhol David Blanco, que, à semelhança do seu companheiro de equipa, deixou recados para o pelotão

“Há muita gente que diz que está aqui para ganhar, mas não o demonstram. Estávamos avisados de que isto poderia acontecer. Tivemos de puxar quando foi preciso, sem olhar para trás. Se perdermos, perdemos de cabeça erguida”, afirmou.

Para a segunda etapa, David Blanco, avisa que sexta feira “é dia para não perder a volta” e Oleg Chuzhda merece vestir de amarelo, já que “foi o único que mostrou vontade de vencer”.

O espanhol ocupa o sétimo posto da geral, a 1.36 minutos do líder, enquanto Cândido Barbosa está na segunda posição, a 1.32 de Oleg Chuzhda.

CICLISTAS DA BARBOT RESPONDEM A BARBOSA E BLANCO

Após as críticas dos ciclistas David Blanco e Cândido Barbosa, após o pelotão permitir uma fuga de 183 quilómetros, a resposta da Barbot surgiu por Sérgio Ribeiro e Rui Sousa ao aconselharem uma resposta mais rápida dos algarvios.

“A Barbot trabalhou o que tinha a trabalhar e cada um teria de gerir a sua etapa. Metemos dois homens a puxar e trouxemos o Baltazar na fuga”, lembrou Sérgio Ribeiro, segundo homem a cortar a meta em Oliveira de Azeméis.

Previsto para a primeira etapa estava um sprint entre os especialistas, que acabou por aparecer, mas de forma “inglória”

“Foi um sprint inglório, já que o objetivo era chegar em primeiro”. Sexta feira “será uma chegada complicada, favorável à nossa equipa. Não se ganha a volta, mas pode-se perder”, avisou Sérgio Ribeiro, alertando para os 6,3 quilómetros da subida final, na Nossa Senhora da Assunção.

Já o seu colega de equipa e campeão nacional, Rui Sousa, insiste no facilitismo do pelotão, ao deixar adensar uma fuga que chegou a ter 15 minutos de distância.

“As equipas facilitaram e se alguma queria vencer teria de ter reagido logo. O Palmeiras, se tinha o Cândido para vencer a etapa, não devia ter deixado a fuga ganhar tanto tempo”, concretizou.

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