CEA Tavira: Movimento marca manifestação contra estrada

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Um grupo cidadãos de várias localidades algarvias criou um movimento de oposição à construção de uma estrada, que atravessará o Centro de Experimentação Agrária de Tavira (CEA), tendo já agendado uma manifestação para o dia 13 de março, anunciou o movimento.

A manifestação, que coincide com a Marcha Climática Global marcada para várias cidades do mundo naquele dia, vai decorrer a partir das 17:00 em frente ao CEA, em Tavira.

Intitulado “Cidadãos pelo Centro de Experimentação Agrário de Tavira”, este movimento pretende “defender a preservação” do CEA e promete “utilizar todos os meios legais ao seu alcance” para impedir a construção da estrada.

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Em causa está a construção de uma estrada de 20 metros de largura e mais de 600 metros de comprimento ao longo do terreno do CEA, onde – entre várias espécies botânicas – existe uma coleção de fruteiras. Há também um conjunto de cinco laboratórios que serão destruídos pela intervenção.

O movimento alega que o projeto foi “decidido à porta fechada”, sem uma “consulta transparente e a devida discussão pública” e destaca a importância “incomensurável” do CEA.

O CEA, segundo alega o movimento, tem vindo a ser “objeto de um desinvestimento e abandono continuados, descapitalizado de pessoas e de dinheiro”, causando “uma morte lenta” que agora culminará com a construção da estrada.

Os “Cidadãos pelo Centro de Experimentação Agrário de Tavira” recordam ainda que a cidade é comunidade representativa de Portugal na inscrição da Dieta Mediterrânica como Património Cultural Imaterial da UNESCO, tendo o o dever de “potenciar e preservar” o seu património.

A Direção Regional de Agricultura e Pescas (DRAP) assegurou esta semana ao JORNAL DO ALGARVE que a obra não terá qualquer impacto nas coleções e repositório de espécies autóctones existentes naquele espaço.

O diretor regional da Agricultura e Pescas, Pedro Valadas Monteiro garante que, no interior do CEA, apenas serão afetados “cinco barracões pré-fabricados, que já iam ser retirados”, as “estufas que estavam abandonadas” e o sistema de rega já antigo.

Por seu turno o diretor de comunicação e imagem da Infraestruturas de Portugal, Pedro Ramos, responsabilizou a Câmara de Tavira pela opção tomada: “Foram desenvolvidas duas soluções de restabelecimento da circulação rodoviária, que foram submetidos à apreciação da Câmara Municipal de Tavira”, que decidiu optar pelo atravessamento do CEA.

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