Cientistas portugueses criam Teste da Mulher

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Um teste inovador de deteção precoce do cancro do colo do útero vai ser lançado no mercado pela Infogene, uma empresa formada por investigadores da Universidade de Coimbra.

As mulheres portuguesas vão dispor pela primeira vez de um teste de auto-colheita para o alerta do cancro do colo do útero, o segundo tipo de cancro mais frequente no sexo feminino mundial. Chama-se Teste da Mulher e vai ser lançado no mercado pela Infogene a 8 de março (Dia Internacional da Mulher).

A Infogene é uma empresa biotecnológica formada por investigadores da Universidade de Coimbra (UC) e incubada no Instituto Pedro Nunes. É especializada no desenvolvimento de métodos não invasivos de deteção precoce do cancro.

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O Teste da Mulher, além de ser o primeiro teste em Portugal que permite esta auto-colheita, é mais robusto e mais rápido do que o clássico teste de Papanicolau (citologia) para detetar a presença do papilomavírus humano (HPV), responsável pelo doença oncológica com a terceira maior taxa de incidência nas mulheres portuguesas.

Teste deteta 12 tipos de papilomavírus humano

O que torna único este novo método, composto por um kit de auto-colheita e por um teste de deteção precoce do HPV, “é o facto de ser um teste muito específico, capaz de identificar os 12 tipos de HPV de alto risco responsáveis pela infeção persistente que causa o cancro do colo do útero e de, em caso de resultado negativo, garantir à mulher um período de tranquilidade três vezes mais dilatado do que o método convencional”, adianta Rui Costa.

O diretor executivo da Infogene acrescenta que “é um método rápido, simples e seguro e a mulher pode, a qualquer momento, efetuar a colheita e enviar para análise”.

O kit tem um dispositivo em forma de varinha para a colheita, um tubo de transporte, um envelope pré-pago para envio da amostra, um folheto de instruções e um formulário de requisição. A colheita é colocada no tubo de transporte e este é enviado para o laboratório.

Dirigido especialmente a mulheres com mais de trinta anos – que correm maior risco de desenvolver o cancro do colo do útero – o kit foi validado no Hospital Universitário de Uppsala, Suécia, através de um estudo comparativo com o teste de Papanicolau, em que participaram quatro mil mulheres.

Numa primeira fase, o Teste da Mulher pode ser adquirido em laboratórios de análises clínicas, mas o objetivo é que, a curto prazo, esteja também disponível em farmácias.

JA/Rede Expresso
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