Combate ao Estado Islâmico no topo das preocupações de Obama

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Foi um Presidente dos EUA firme o homem que esta quarta-feira discursou em Nova Iorque na Assembleia Geral da ONU: “Não sucumbiremos a ameaças, e demonstraremos que o futuro pertence aqueles que constroem, não àqueles que destroem”, afirmou Barack Obama perante a plateia de líderes mundiais, lembrando o “fracasso do nosso sistema internacional para manter a paz no mundo”.

Obama disse ainda que os EUA não “vão atuar como potência ocupante”, pedindo por isso ao mundo que acompanhe a América no “esforço” que é necessário para combater os terroristas do Estado Islâmico.
“Vamos apoiar os iraquianos e os sírios na sua luta. Vamos usar a nossa força militar numa campanha de ataques aéreos para reduzir o poder do Estado Islâmico. Vamos treinar e equipar as forças que lutam no terreno contra estes terroristas. Vamos trabalhar para cortar o financiamento destes e para travar o fluxo de combatentes que entram e saem da região”, acrescentou o Presidente dos EUA.

Obama dirige-se ao mundo muçulmano

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“Aqueles que se juntaram ao Estado Islâmico devem abandonar o campo de batalha enquanto podem”. Evocando a “brutalidade dos terroristas”, Obama acusou-os de terem obrigado o mundo a olhar para “o coração das trevas”.

À semelhança do que já tinha feito em 2009, Obama dirigiu-se diretamente aos jovens muçulmanos: “Vocês vêm de uma tradição que apoia a educação, não a ignorância; a inovação, não a destruição, a dignidade da vida, não os assassínios”.

O Presidente dos EUA lembra ainda que a campanha militar que está em marcha é contra o terrorismo, e não contra o Islão, que “professa a paz”. Regozijando-se com a existência de muçulmanos que estão empenhados em combater os extremistas do Estado Islâmico, o chefe de Estado dos EUA referiu ainda que é necessário acabar com a luta entre muçulmanos xiitas e muçulmanos sunitas: [esta luta] “não está a ser ganha por ninguém”.

Obama disse que os EUA vão treinar e equipar as forças de oposição moderadas na Síria, para poderem lutar contra o regime xiita do Presidente Bashar al-Assad. Pode ser um caminho para pôr fim a um conflito que começou em 2011 e já fez mais de 200 mil mortos.

No que toca ao conflito israelo-palestiniano, cuja última fase já conta com 50 dias de guerra, Obama lamentou o rumo dos acontecimentos e a violência que levou “muitos israelitas a desistirem do duro trabalho para a paz”. “Sejamos claros: o status quo na Cisjordânia e em Gaza não é sustentável”, acrescentou.

Crítica à ação russa na Ucrânia

A conduta da Rússia em território ucraniano foi fortemente criticada no discurso do Presidente dos EUA, que acusou o país de modificar “a ordem do mundo pós-guerra fria”. Defendendo o “caminho da diplomacia e da paz”, Obama garantiu que, se também a Rússia enveredar por esse caminho, os EUA e aliados “levantarão as sanções” atualmente impostas ao país.

Obama prometeu apoiar os ucranianos e impôr uma factura “à Rússia pela agressão” a este país.

O surto de ébola e as alterações climáticas foram outros dos desafios em que o Presidente garantiu a ação dos EUA, pedindo aos outros países que se juntem para uma ação de escala global.

RE

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