Comboio provoca acidente trágico e vitíma 12 pessoas

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Um acidente com um comboio de alta velocidade em Castelldefels, perto de Barcelona, provocou a morte a 12 pessoas e deixou outras 17 feridas, três das quais em estado grave. Um grupo de jovens foi colhido pelo comboio quando atravessava a linha em vez de ut
ilizar a passagem inferior.

O acidente ocorreu ontem às 23:30 (hora local) no apeadeiro da Praia de Castelldefels , entre Garraf e Castelldefels.

Segundo testemunhos, o acidente ocorreu quando um grupo de cerca de 30 pessoas, que acabava de chegar num comboio transurbano procedente de Barcelona (e com destino a Vilanova i la Geltru), atravessou a linha e foi colhido por outro comboio que viajava a alta velocidade.

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“O comboio ia cheio de gente que, como eu, se dirigiam para a praia para celebrar o São João”, disse um dos testemunhos, explicando que muitos jovens começaram a atravessar indevidamente a linha mal saíram do comboio.

“O último comboio vinha a alta velocidade porque não era para parar aqui”, explicou.

Ignorando a passagem inferior para peões o grupo colhido pelo comboio, atravessava a linha quando foi surpreendido pela passagem do comboio Alaris, que fazia a ligação Valência- Barcelona.

Dez feridos ainda hospitalizados e um cenário dantesco

Segundos fontes da proteção civil e dos serviços de emergência espanhóis, as vítimas tinham entre 16 e 50 anos. No momento do acidente, teriam descido de um comboio nesse apeadeiro, optando por atravessar a linha indevidamente sem se terem dado conta da aproximação de outra composição.

O acidente, provocou ainda 14 feridos, dos quais 10 continuavam hoje de manhã hospitalizados, três deles em estado crítico, distribuídos por vários hospitais da zona de Barcelona.

A circulação de comboios continua cortada e a zona do apeadeiro está rodeada por um perímetro de segurança.

Testemunhos descreveram, horas depois do acidente, uma situação “dantesca” com restos de corpos na via e uma grande multidão a rodear as dezenas de veículos dos serviços de emergência.

Este foi o maior acidente ferroviário em Espanha desde 2003, quando 19 pessoas morreram em Albacete no choque de dois comboios.

Autoridades abrem inquérito

O presidente do Governo regional da Catalunha, José Montilla, defendeu hoje que “há que analisar” o acidente que causou 12 mortos e 14 feridos em Castelldefels e adiantou que a identidade das vítimas ainda está a ser apurada.

“Vamos analisar todos os dados, saber como estava a passagem inferior. Em qualquer caso, a prudência é algo que deve sempre aplicar-se antes de arriscar a integridade física”, comentou.

Montilla disse que agora é o momento de acompanhar as famílias dos falecidos e esperar a recuperação dos 14 feridos, 10 dos quais continuam hospitalizados em vários centros da zona de Barcelona.

Catalunha vive hoje, “um dia de tristeza e de luto”, disse Montilla.

Quase 10 horas depois do acidente, apenas nove dos 12 corpos das vítimas tinham sido resgatados do local do acidente, tendo sido transferidos para uma sala especial do Instituto de Medicina Legal na Cidade da Justiça.

Aí serão realizadas as autópsias e formalizados os processos de identificação.

Equipas especializadas continuam no local do acidente a tentar recuperar os restos mortais das restantes vítimas, um processo que fontes locais admitem possa ser demorado.

Serrano indicou que as informações iniciais apontam para que as normas estivessem a ser cumpridas na altura do acidente, quer no que toca à velocidade do comboio que colheu cerca de 30 pessoas, quer no que toca à passagem subterrânea que estava aberta.

Durão Barroso envia condolências às famílias das vítimas

O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, lamentou hoje o sucedido ontem em Castelldefels e enviou uma mensagem de condolências ao líder do Governo espanhol.

“Acabo de ser informado do terrível acidente de comboio que aconteceu na noite passada em Castelldefels. A morte de 12 pessoas, jovens na maioria, trucidadas por um comboio, é uma tragédia e causa-me uma especial comoção”, escreveu José Manuel Durão Barroso, numa mensagem enviada a José Luis Rodriguez Zapatero.

Durão Barroso, transmitiu ainda as condolências às famílias atingidas pela tragédia.

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