Cada vez é mais difícil fazer contas com um comboio a determinada hora na Linha do Algarve. O troço entre Faro e Vila Real de Santo António continua a ser o mais afetado com os constantes cancelamentos e atrasos. O Jornal do Algarve foi tentar perceber o que se passa e descobriu que, afinal, o problema não é só a falta de recursos humanos: há menos comboios a circular porque estes estão obsoletos e encostados nas oficinas da CP
DOMINGOS VIEGAS
Só entre os dias 23 de novembro e 6 de dezembro, ou seja, no período de duas semanas, a CP suprimiu 33 comboios na Linha do Algarve, 28 dois quais no troço entre Faro e Vila Real de Santo António (em ambos os sentidos). Uma situação que se junta ao cada vez maior número de atrasos naqueles que continuam a circular.
Nestas duas semanas, foram cancelados 14 comboios no sentido Faro/Vila Real de Santo António e outros 14 no sentido inverso. A estes casos juntam-se as supressões de quatro comboios no sentido Lagos/Faro e de um no sentido Faro/Lagos. No total, são já várias centenas de situações idênticas registadas nos últimos meses um pouco por todo o país, não só na Linha do Algarve mas também nas linhas do Oeste e Alentejo.
O pior dia das últimas semanas foi o de 25 de novembro, um sábado, com oito comboios cancelados, cinco dos quais no troço Faro/Vila Real de Santo António, seguido do dia 28 de novembro, com sete cancelamentos, quatro dos quais no referido troço.
O deputado Paulo Sá, eleito pelo Algarve, fez as contas de todos os comboios que foram cancelados nas últimas semanas na região algarvia e voltou a questionar o Governo sobre esta situação, tal como já o tinha feito no passado mês de fevereiro quando os cancelamentos e atrasos já eram mais do que muitos.
Mas, o que é que se passa com os comboios? Em declarações ao Jornal do Algarve, o coordenador da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (FECTRANS), José Manuel Oliveira, explica que a situação que se verifica no Algarve é transversal a todo o país, tem a ver com a falta de recursos humanos e, principalmente, com a falta de material circulante…
…(Reportagem completa na edição impressa do Jornal do Algarve que está nas bancas desde quinta-feira)