O programador Rui Torrinha, por seu lado, manifestou expectativas sobre a formação de base em Sociologia do próximo ministro da Cultura, no sentido de esta poder vir a contribuir para correção de assimetrias no território, e apontou desde logo três linhas de intervenção a carecerem de atenção: a Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses, a Rede Portuguesa de Museus e o Estatuto do Profissional da Cultura.
A necessidade de aumento do orçamento para a cultura foi outra questão levantada.
Responsáveis de várias companhias de teatro, com sede em Lisboa, Almada, Algarve e Porto, sublinharam, no entanto, não terem qualquer reação à indicação de Pedro Adão e Silva para ministro da Cultura, já que não é “conhecido no meio”.
Pedro Adão e Silva irá fazer parte do XXIII Governo Constitucional, o terceiro liderado por António Costa, assumindo a pasta da Cultura, sucedendo no cargo a Graça Fonseca.
Nascido em Lisboa, em 1974, Pedro Adão e Silva é um académico, especializado em políticas públicas e políticas sociais. É licenciado em Sociologia e doutorado em Ciências Sociais e Políticas e foi professor universitário no ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, desde 2007, funções que suspendeu depois de ter sido nomeado pelo Governo, em maio de 2021, para liderar a estrutura de missão que organiza as comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, até 2024.