Comunicando desportivamente: Filho de peixe… e ser a melhor versão de si próprio

Chegado a Portugal para representar o Ginásio Figueirense, um dos históricos da modalidade, Jordan Jackson, basquetebolista de 24 anos, completados em Junho último, oriundo de Mc Mrry University, Houston, Texas, tem uma história de vida algo curiosa.


Com a ajuda do companheiro Ricardo Chambel, do confrade Record, foi-nos dado a saber que Jordan Eric Jackson, de seu nome completo, é filho de uma das maiores praticantes de sempre da WNBA: Sheryl Swoopes, a primeira jogadora a firmar um contrato profissional com a estrutura da WNBA.

Eleita três vezes MVP da prova (2000, 2002 e 2005) e vencedora de três medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos (1996, 2000 e 2004), tendo sido nomeada como uma das 15 melhores jogadoras de todos os tempos da WNBA.


E a curiosidade da história reside no facto da sua vida  se cruzar com a de Michael Jordan, por muitos considerado o melhor jogador de sempre da NBA. E é o próprio Jordan Jackson que lembra: “Um dia, a minha mãe foi a um jogo onde estava o Michael Jordan  e perguntou-lhe se podia dar o nome Jordan ao seu filho. Ele respondeu que sim, mas com uma condição: tinha que saber lançar bem ou afundar, senão ela tinha que me tirar o nome”. Um orgulho, ainda por cima com a ‘autorização do próprio’, frisa bem o agora jogador do emblema figueirense.


“Para melhor podermos ficar com a ideia da dimensão do orgulho de Jordan Jackson, relativamente ao ‘astro’ e ‘progenitor de nome’ Michael Jordan bastará atentar no valor atingido por um par de botas usadas pelo basquetebolista norte-americano, num jogo ao serviço dos Chicago Bulls, em 1984: a ‘módica’ quantia de 1,47 milhões de dólares (1,26 milhões de euros), de acordo com a leiloeira Sotheby’s – ‘sessão’ que ocorreu na madrugada da passada 2ª feira -. Impressionante!”.


Trazendo na bagagem, nesta sua primeira experiência na Europa, a vontade de triunfar, mas também muito conselhos de sua mãe que, assinale-se, para além do já referido, se sagrou quatro vezes campeã na WNBA e com seleção dos Estados Unidos ainda jogou em Itália, na Rússia e na Grécia.

Nomeadamente, sua mãe ‘segredou-lhe’ ao ouvido: “Pediu-me para ser um bom exemplo e para me esforçar muito. Disse-me para fazer o que a equipa precisasse e para me focar nos meus objetivos, também para tentar ser a melhor versão de mim próprio”.


Porque ainda mantém Jordan no nome, é porque sabe lançar bem e/ou é capaz de afundar, o veredito dado, a quando da autorização, pela estrela Michael Jordan, que, a juntar ao valioso percurso de sua mãe Sheryl Swoopes, lhe confere o exigente estatuto de filho de peixe… e seguindo os conselhos dela se afirmará como a melhor versão de si próprio.


Que melhor conclusão extrair desta história de vida? Talvez que, e uma vez mais, trazer ao palco dos acontecimentos – sem ruído, nem holofotes acesos – o nosso príncipe-poeta, no Desporto como na Vida: “Não é pensando que somos, é sendo que pensamos”.

Humberto Gomes
*“Embaixador para a Ética no Desporto”

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