É o que se extrai de uma análise, corporizada por Daniel Sá, especialista em marketing e diretor executivo do IPAM (Instituto Português de Administração e Marketing), enquanto Escola Superior de referência em marketing, que entre 7 e 13 de Janeiro de 2019, desenvolveu um estudo: “O produto futebol nos media em Portugal”.
O estudo analisou a forma como os principais meios de comunicação nacional acompanham semanalmente o tempo mediático dedicado ao futebol, tendo observado 30 meios de comunicação social nacionais selecionados pela audiência, relevância e alcance com que difundem as principais notícias sobre futebol.
O referido estudo fez 1.380 análises a conteúdo de títulos, de capas de jornais, de “homepages” de meios de comunicação digitais e de programas televisivos, sendo de destacar que são estes, exclusivamente dedicados ao futebol, os principais influenciadores do tom negativo gerado à volta do fenómeno de maior magia e impacto social nos dias de hoje: o futebol.
Os meios com o tom mais positivo sobre o futebol português foram quatro programas: “Grande Área”, da RTP 3, com 33%, “Aposta Tripla”, da Sport TV, com 33 %, “Tempo Extra”, da SIC Notícias, com 24 % e “Mais Futebol”, da TVI 24, com 20%.
“Enquanto que o tom mais negativo sobre o futebol, se registou em quatro programas de televisão, a saber. “Pé em Riste”, da CMTV, com 59%, “Prolongamento”, da TVI 24, com 50%, “Livre e Direto” da TVI 24, com 42% e “O Dia Seguinte”, da SIC Notícias, com 42%. “Enquanto que o tom mais negativo sobre o futebol, se registou em quatro programas de televisão, a saber. “Pé em Riste”, da CMTV, com 59%, “Prolongamento”, da TVI 24, com 50%, “Livre e Direto” da TVI 24, com 42% e “O Dia Seguinte”, da SIC Notícias, com 42%.
Daniel Sá, esclarece: “Longe de mim dialobilizar e culpabilizar os programas de televisão como responsáveis do ambiente de toxicidade no futebol português, mas saúdo a decisão corajosa das direções da SIC e TVI que acreditam poder contribuir para a melhoria do ambiente no futebol português”.
Oxalá que, a verificar-se, possa realmente contribuir decisivamente para um ambiente regenerador, com sentido e expressão Ética, na medida em que não será necessário ter sido (ou ser) um praticante de alta competição para concluir que, no desporto há ações predominentemente humanas e não só movimentos corporais.
É que o desporto, e o futebol em particular, nasceu como Ética e, sem Ética, não se justifica a sua prática!
*”Embaixador para a Ética no Desporto”.
Humberto Gomes