Comunicando desportivamente: O mesmo fenómeno, com duas faces

Vezes quantas, o Desporto – fenómeno de grande magia e impacto social nos dias de hoje – surpreende-nos com incidências digna de registo, quer pela positiva, como também, infelizmente, pela negativa, assim a modos, afinal, e resumindo: duas faces de uma mesma moeda.
 
Pela positiva, e enquanto estrela da NBA


Stephen Curry,  aos 33 anos de idade, continua a somar recordes ao seu já longo historial. Depois de na passada semana ter registado 50 pontos e 10 assistências, tornando-se no jogador mais velho a conseguir esses números, no recente jogo diante dos Chicago Bulls, estabeleceu o recorde de triplos concretizados na sua carreira com 3.386, ultrapassando o não menos histórico Ray Allen, que tem 3.358, aparecendo na 3.ª posição Reggie Miller com ‘apenas’ – para que se veja a diferença – 2.880.


Nesta vitória sobre os Bulls, o camisola 30 dos Warriors, onde averbou 40 pontos, fica perto de, ainda nesta época, ultrapassar novamente Ray Allen em mais um recorde de triplos, desta feita em relação à fase regular. Curry tem neste momento 2.896 e Allen regista 2.973, diferença de 77 triplos, ‘apenas’.

Pela negativa, insultos xenófobos a fazerem das suas…


E no que, na circunstância, à campeã olímpica Tóquio ‘2020’ Sunisa Lee, diz diretamente respeito. Lee, de etnia Hmong – grupo étnico asiático oficialmente reconhecido pela China -, revelou ter sido vítima de um ataque xenófobo, ocorrido há algumas semanas.


Lee, de 18 anos, nascida em Saint Paul, estado de Minnesota, EUA, denunciou ter sido alvo de discriminação pelo facto de ser descendente asiática, prática que tem vindo a aumentar no país desde a pandemia de Covid-19.


Mais acrescentou a atleta afirmando ter sido atingida com gás-pimenta enquanto aguardava, na companhia de amigos, por um taxi, após terem saído de uma festa, tendo, inclusivé, recebido comentários discriminatórios por ser descendente asiática: “Disseram-nos para voltarmos para o nosso país”, além de que: “Foi um momento muito difícil, porque não queria fazer nada que me metesse em apuros”.


Lee, que aprendeu a crescer forte da maneira mais difícil: “Acho que o que mais me ajuda a não me concentrar em tudo o que está acontecendo é apenas entrar honestamente no ginásio e trabalhar para as Olimpíadas todos os dias”, diz ela, ainda sublinhando: “Porque essa é a única coisa que sempre me manterá motivada”. Caso para dizer, motivação a quanto obrigas…


Importará, quer numa situação – a positiva – quer na outra – a negativa -, que não nos deixemos adormecer, entre o entusiasmo que o espetáculo desportivo desperta, à recusa da sociedade injusta… que é, afinal, a nossa!


E, em time out final, não é pensando que somos, é sendo que pensamos!

Humberto Gomes
*“Embaixador para a Ética no Desporto”

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