Comunicando desportivamente: Os Maias: Miguel e Guilherme

Os Maias: Miguel e Guilherme. Tal pai, tal filho

Pai e filho, ambos com a mesma altura: 1,82 mts, ambos jogam na mesma posição na equipa: a de distribuidor, ambos atuam com o número 8 na camisola e ambos têm a mesma paixão pela modalidade de adoção: o voleibol.


Distam 8 dias (será a 5 de Março próximo) que pai e filho se irão defrontar pela primeira vez, em jogo a contar para os quartos-de-final da Taça de Portugal, que oporá o Sporting (do pai) à Académica de Espinho (do filho).


Miguel Maia, o pai, que a 23 do próximo mês completará meio-século de existência (sendo,em todo o mundo, o jogador mais velho a atuar em alta competição), e um dos melhores jogadores de voleibol de todos os tempos, enquanto que o filho, Guilherme Maia, completará 19, em Abril próximo, e representa a Académica de Espinho.


Que estado de espírito revela, nesta invulgar circunstância, o veterano, que regista no seu impressionante palmarés 156 internacionalizações no voleibol de campo e mais de 400 na praia? Nada difícil de imaginar: “É uma satisfação enorme poder defrontar a equipa que me formou e onde joga o meu filho. É um sonho”. E, do sonho, à realidade: “Nunca pensei que fosse possível, mas com o decorrer dos anos e o aparecimento dele numa equipa sénior, acalentei essa esperança”.


Por que vez, Guilherme, àvido de defrontar o seu pai, expressa-se, assim: “Cresci a ver o meu pai e sempre tive o sonho de poder chegar ao nível dele e ainda mais jogar contra ele. Será um momento que jamais esquecerei e talvez seja um ponto de viragem na minha carreira”. Desejoso de caminhar pelo seu próprio pé, valorizando a perfomance das mãos: “Tento sempre separar o caminho do meu pai do meu, mas poder jogar um dia no Sporting, onde o meu pai jogou e joga, é também um desejo”, desvendou o herdeiro de um dos grandes nomes do vasto ecletismo leonino.


Bonito de observar esta saudável relação, entre pai e filho. E do que podemos inferir das suas práticas e das declarações a anteceder este interessantíssimo duelo, importará extrair que estamos na presença de uma vivência, quer no desporto, quer na vida, integrando um valiosíssimo processo que, tendo a educação como elemento motor, sabe distinguir ensino e aprendizagem.


Afinal, porque não é pensando que somos, é sendo que pensamos!

Humberto Gomes
*”Embaixador para a Ética no Desporto”

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