Em redor e por dentro das “coisas” que envolvem a política, não poucas vezes, e partindo da base de que nenhum argumento é intrínsecamente verdadeiro, porque irá depender das evidências que, só elas, lhe poderão conferir a indispensável sustentabilidade, despertou-nos vivamente a atenção uma desavença entre duas estrelas do firmamento desportivo, com dimensão mundial.
Referimo-nos a LeBron James, de 36 anos, famoso basquetebolista norte-americano da NBA, a representar a equipa dos Los Angeles Lakers, que replicou às declarações de Zlatan Ibrahimovic, de 39 anos, futebolista sueco ao serviço do ACMilan, sobre o papel das estrelas do desporto na política.
Ibrahimovic, considerou que o norte-americano devia apenas competir em vez de se imiscuir na vida política, expressando-se, em entrevista à Discovery + Sport, desta maneira: “O que faz é fenomenal (referia-se a Ibrahimovic), no entanto não gosto quando as pessoas com qualquer tipo de status falam de política”.
Estava a estrela sueca a reportar-se à batalha pública que LeBron travou contra Trump, o anterior presidente dos Estados Unidos, ao que, a estrela do jogo da bola ao cesto, sentindo-se “beliscado”, respondeu: “Tenho mais de 300 crianças na minha escola (I Promise School) que precisam de uma voz e eu sou a sua voz… Nunca me calarei quando algo estiver mal. Eu falo pelas minhas pessoas, falo de igualdade, da injustiça social, racismo, supressão de voto sistemática. Sou a pessoa errada para se falar disso: faço sempre os meus deveres, acentuou LeBron”.
Talvez, porque a propósito, se justifique trazer ao palco dos acontecimentos – sem ruído, nem holofotes acesos…, a clara definição do que a Ética significa: O conjunto de coisas que fazemos e atitudes que tomamos, com “todo o mundo” a nos observar.
Uma vez mais, balizados na ideia/pensamento de que: Não é pensando que somos, é sendo que pensamos!
Humberto Gomes
*”Embaixador para a Ética no Desporto”