Comunicando desportivamente: Tendo o alto da Fóia como cenário

Tendo o alto da Fóia como cenário: “A vitória mais importante da minha carreira”

Neste tempo novo (mais difícil e inquietante) em que vivemos, particularmente no que ao futebol diz diretamente respeito, em que assume contornos de prática recorrente um quase vazio de ideias e de acontecimentos a justificarem destaque e a merecerem ser apontados como (bons) exemplos, quase a fazer lembrar o triste fado, rumámos ao encontro de uma outra prática, porque mais junto da multidão e num assumir mais genuíno.


Triste fado, diremos, em que muito se opina, na dimensão do fast food, não bastando o simples e adequado gostar ou não, valendo quase e só a côr da camisola, é gritante a falha de comportamentos e de atitudes, que deveriam corresponder a identificar, numa desejável linha de coerência, que uma coisa é querer e outra, diametralmente oposta, é poder; tal como saber constitui um outro estar e fingir que se sabe, pelas bandas da 2.ª ou 3.ª circular, é roupagem de um outro tecido…


Despertou-nos vivamente a atenção, por constituir um quase oásis, a postura do jovem ciclista esloveno, de 21 anos, Tadej Pogacar, prestes a participar na Volta à França – a primeira da sua carreira. Volta à França com início agendado para 28 de Agosto, com o prólogo Nice-Paris – distância de 3,302 Km – e que se prolongará por 21 etapas, até 20 de Setembro, finalizando com a ligação entre Mantes la Jolie e Paris – 122 km.


Começa por referir o jovem ciclista que o líder da sua equipa será Fabio Aur: “Em primeiro lugar, vou para ajudá-lo, mas veremos como as coisas correm. Se tiver oportunidade de mostrar do que sou capaz, assim o farei, mas não prometo nada”.
Assim mesmo, com as mãos no guiador, e não obstante a sua tenra idade é assinalável a sua maturidade, quando nos transmite que para ele os resultados lhe dão “uma pressão boa”, acrescentando, com pedalada certa: “Conheço grande parte das etapas, mas isso não importa. Não sei quando se pode ganhar, mas sei que se pode perder todos os dias”.


E, com a humildade que também o caracteriza Tadej Pogacar, que já havia ganho a última Volta à França do futuro, acabou vencedor da Volta ao Algarve – 2019 -, afirmando na 5.ª e última etapa, no alto da Foia : “Foi a primeira como profissional e, por isso, foi muito especial, algo que nunca irei esquecer”. Para, num edificante exemplo, com as mãos no guiador e com pedalada certa, mostrando saber ser grato: “Arrisco-me a dizer que essa é e será sempre a vitória mais importante da minha carreira”.


À beira da estrada, mais ou menos confinados, para aplaudir, de pé!

Humberto Gomes

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