A Direcção da Organização Regional do Algarve (DORAL) do PCP esteve reunida esta terça-feira para analisar os resultados das eleições autárquicas, bem como a situação económica e social na região e as tarefas que se colocam à organização do PCP no Algarve.
“As recentes eleições autárquicas realizadas a 1 de Outubro confirmaram a CDU como a grande força de esquerda no poder local na região do Algarve”, afirmam os comunistas, em comunicado enviado hoje às redações.
A CDU (PCP/PEV) elegeu diretamente 103 candidatos (seis vereadores, 31 eleitos nas assembleias municipais e 64 nas assembleias de freguesia), face a 110 em 2013. Alcançou 19.184 votos (10,62%) em comparação com os 20.919 (11,74%) obtidos há quatro anos.
Porém, os comunistas explicam que a CDU “reforçou todas as situações de maioria que dispunha, quer nas juntas de Freguesia de Santa Bárbara de Néxe, Silves e São Bartolomeu de Messines, quer na Câmara Municipal de Silves, onde obteve 52,65% dos votos, progredindo de forma significativa em votos e mandatos”.
Acrescentam ainda que a CDU “registou subidas em 5 dos 16 concelhos do Algarve, com destaque para os 18,73% alcançados em Aljezur, elegendo um vereador, e para os 18,79% alcançados em Vila Real de Santo António, elegendo também um vereador, progredindo significativamente neste concelho, aumentando o número de votos e de eleitos”.
Refira-se ainda que a CDU deixou de ter representação nas câmaras municipais de Faro, Olhão, Portimão e Lagos.
“Sem prejuízo de perdas registadas, que são sobretudo uma perda para as populações que aí deixam de poder contar com o trabalho, honestidade e competência dos vereadores da CDU, os resultados eleitorais alcançados constituem uma importante base de trabalho para prosseguir a luta em defesa do poder local democrático, dos serviços públicos, dos direitos dos trabalhadores das autarquias, do progresso e desenvolvimento destes territórios e do país”, considera o PCP.
Para o PCP, depois do verão, com o fim da época alta do turismo “ficam mais expostas, na região do Algarve, as consequências negativas de décadas de política de direita que levaram ao abandono do aparelho produtivo, à degradação dos serviços públicos, ao desinvestimento público, às privatizações”.
Os comunistas consideram ainda que o Algarve “continua marcado por graves problemas estruturais, injustiças e desigualdades” e que “são muitas e exigentes as tarefas que se colocam aos militantes e organizações do PCP” na região.