Concentração Internacional de Motos em risco

O evento vai decorrer no Vale das Almas, ao lado do aeroporto internacional de Faro

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A 40.ª edição da Concentração Internacional de Motos de Faro, agendada de 14 a 17 de julho, está em risco, uma vez que devido ao Estado de Contingência está proibida qualquer atividade nas áreas florestais pelo perigo de incêndio.

O evento vai decorrer no Vale das Almas, ao lado do aeroporto internacional de Faro, onde são esperados milhares de motards, como é habitual a cada ano.

O presidente do Moto Clube de Faro, Zé Amaro, disse que se vai reunir com o presidente da câmara municipal, Rogério Bacalhau, na sequência das palavras do primeiro-ministro, António Costa, que lembrou que “há uma proibição geral de qualquer atividade desenvolvida nas áreas florestais”, devido ao risco de incêndio, e “é necessário reajustar os eventos a esta nova realidade”.

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O Governo está a dialogar com organizadores de grandes eventos para que possa haver uma “relocalização ou uma reformatação” de modo a que não se desenvolvam em áreas florestais e que cumpram a lei.

Questionado sobre eventos como os festivais de verão ou a concentração motard de Faro, o chefe do executivo disse que “o ministro da Administração Interna está em contacto com os organizadores desses eventos para assegurar que a parte desses eventos que ocorre em zona florestal” seja mudada para outro local.

“Obviamente, não é possível, nestas condições climáticas, abrir qualquer tipo de exceção”, frisou.

O governante afirmou que este procedimento se aplica também a eventos mais pequenos, como romarias e festas de aldeia, e exemplificou: “eu vivo na freguesia de Benfica, tem uma mata grande. O município de Lisboa, e bem, decidiu encerrar a mata. Tinha-se iniciado na quinta-feira passada uma feira medieval, na sexta-feira estava fechada”.

Segundo António Costa, estas são contingências a que todos estão sujeitos, por não se poder correr o risco de, “por causa dessa atividade e de haver uma maior movimentação de pessoas, aumentar a probabilidade de haver qualquer tipo de descuido”.

“Há uma pessoa que vai a passar, fuma, apaga a beata, a beata fica mal apagada, temos um acidente. Há uma máquina que se liga, tem uma faísca, há um acidente. E depois, a partir daí, temos uma situação de incêndio generalizado”, alertou.

O primeiro-ministro admitiu que, “para muitas pessoas, e sobretudo para setores que durante estes dois anos de pandemia estiveram impedidos de funcionar”, se tratam de medidas duras.

“Mas estas medidas são absolutamente essenciais, são vitais para proteger a segurança dos próprios, a segurança de todos aqueles que frequentam estes espaços e do território em si”, considerou.

No sábado o Governo ter decidido declarar a situação de contingência até sexta-feira, permitindo que a Proteção Civil mobilize “todos os meios de que o país dispõe” para combater os incêndios.

Segundo uma nota do Ministério da Administração Interna, a declaração da situação de contingência foi decidida devido às previsões meteorológicas para os próximos dias, “que apontam para o agravamento do risco de incêndio rural”, e implicará o reforço do dispositivo dos corpos de bombeiros com a contratualização de até 100 novas equipas, entre outras medidas.

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