Conduta de Bissau é “inaceitável” diz Rui Machete

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Num comunicado divulgado pelo gabinete do Ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, o Governo de Passos Coelho diz que “o embarque forçado, através de pressão e coerção por parte de autoridades guineenses sobre funcionários da TAP, de 74 passageiros com documentação reconhecidamente falsa”, com destino a Lisboa, no passado dia 10 de dezembro, “é absolutamente inaceitável”.

A Comissão de Inquérito ao embarque de 74 sírios no voo TP 202, presidida por Saido Baldé, Ministro da Justiça da Guiné-Bissau, divulgou ontem as conclusões do inquérito que aponta para a intevenção direta do Ministro do Interior da Guiné.

O Expresso tentou contatar o gabinete de Rui Machete durante todo o dia de ontem para obter uma reação do Executivo de Passos Coelho.

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Só hoje de manhã é que o Executivo, através do gabinete de Rui Machete, divulgou um comunicado onde dá nota de que “foi informado pelas autoridades de facto da Guiné-Bissau das conclusões da sua Comissão de Inquérito sobre o grave incidente de segurança ocorrido no aeroporto de Bissau”.

Lisboa quer garantias para retomar voos

Sobre o reestabelecimento dos voos diretos da TAP para Bissau, o comunicado refere que “ainda não foi cabalmente garantido que situações similares não se poderão repetir no futuro, questão essencial no nosso processo de reavaliação sobre a existência de condições de segurança no aeroporto de Bissau para a retoma da rota”.

O comunicado refere que o Governo está solidário “com o povo guineense, primeira e principal vítima da situação criada pelo Golpe de Estado de 12 de abril de 2012”, e espera que “as eleições gerais de 16 de março se realizem em condições de liberdade, transparência e segurança. Esperamos que o pleno respeito pela livre vontade popular permita o retorno à ordem constitucional e o combate à impunidade prevalecente na Guiné-Bissau”.

O comunicado refere que Portugal vai continuar “a apoiar o povo da Guiné-Bissau, também no contexto das Nações Unidas, da União Europeia e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa”.

Manuela Goucha Soares (Rede Expresso)

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