Confusão na Madeira. Afinal, PSD mantém a maioria absoluta

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Este homem ganhou, depois perdeu e depois reconquistou uma maioria absoluta. Tudo na mesma eleição

Começou com uma recontagem das eleições de domingo e acabou numa recontagem da recontagem. Confuso?

Pouco depois das 20h00, saía a primeira notícia: o PSD perdeu a maioria absoluta na Madeira e a CDU conquistava mais um deputado . Porquê? A assembleia de apuramento geral dos resultados eleitorais das regionais de domingo recontou os votos e o PSD ficava nesta altura com 23 e não os 24 deputados que garantiam a maioria absoluta celebrada no domingo. Em contrapartida, a CDU passava de dois para três deputados.

A mudança na atribuição de mandatos aconteceu, explicava-se na altura, por um engano numa das mesas de votos em Santa Cruz, onde se introduziu no domingo mais 100 votos ao PSD. Durante a assembleia de apuramento desta terça-feira, as atas foram revistas e foram contados votos de algumas mesas do Funchal, Santa Cruz e Ponta do Sol. A verificação mudou o resultado provisório de domingo à noite – a CDU saía a ganhar neste primeiro momento, o PSD nem por isso.

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Depois, novo volte-face: pouco minutos antes das 22h00, o Expresso explicava que haveria recontagem dos votos . O juiz que preside à assembleia de apuramento dos resultados das eleições regionais da Madeira reconheceu que um erro no programa informático baralhou a atribuição de mandatos. O programa não contabilizou a votação do Porto Santo, fazendo as contas apenas com os resultados da Madeira.

Refeitas as contas, tudo igual a domingo: a maioria absoluta regressava ao PSD – é a 11ª consecutiva que o partido obtém na Madeira. Por sua vez, a CDU ficava com apenas dois deputados na Assembleia Regional.

O erro da primeira recontagem foi detetado já depois de o edital que anunciava a perda de maioria do PSD ter sido afixado e das declarações de vitória da CDU, que falava de um dia inesquecível para a Madeira e para os madeirenses. Os sociais-democratas detetaram o erro relativo à votação no Porto Santos e alertaram o juiz da assembleia de apuramento, que reconheceu que os números não batiam certo.

Foi nessa altura que se percebeu que, ao fazer a distribuição de mandatos através do método de Hondt, o programa informático apenas assumia a votação da Madeira e deixava de fora o Porto Santo. A reviravolta voltou a dar a maioria absoluta ao PSD, que chegou a admitir recorrer para o Constitucional quando saiu a primeira notícia. Agora é a CDU que se prepara para recorrer – e pede a recontagem total dos votos.

RE

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