Os Estados Unidos, o Reino Unido e França pediram esta quinta-feira à ONU que dê início à largada de ajuda humanitária em áreas sitiadas da Síria, após o regime de Bashar al-Assad ter falhado o prazo de 1 de junho para proceder à distribuição de comida e medicamentos que tinha acordada pelos atores regionais do conflito e os países que estão a tentar negociar um plano de paz para o país.
Neste momento, só em Daraya, um subúrbio de Damasco, há cerca de quatro mil pessoas sem acesso a comida desde 2012. Ontem, chegou à área um carregamento de ajuda humanitária que inclui apenas uma “pequena quantidade” de medicamentos e de outros itens não-alimentares.
Amanhã, o Conselho de Segurança da ONU vai reunir-se para discutir o envio de ajuda a essa e a outras cidades cercadas pelas forças do regime ou pelos grupos rebeldes que, desde março de 2011, tentam derrubar Assad.
Em comunicado, John Kirby, porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, diz que centenas de milhares de sírios precisam de acesso “sustentável e regular” a comida e medicamentos em todo o país; o Programa Alimentar Mundial (PAM) da ONU, aponta o responsável, já informou os EUA de como devem proceder à largada de ajuda.
Em fevereiro, o PAM fez chegar 21 paletes a Deir al-Zour, uma zona do leste da Síria que está sob controlo das forças leais ao regime sírio, mas a operação foi um falhanço. Dez paletes desaparecerem, sete aterraram em terra de ninguém e quatro ficaram severamente danificadas.
Joana Azevedo Viana (Rede Expresso)