Construção dá sinais de recuperação

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A carteira de encomendas das construtores está a melhorar

A indústria da construção dá sinais de ter iniciado depois do verão um ciclo de recuperação. Indicadores como o nível de atividade e carteira de encomendas registaram nos últimos dois meses uma variação positiva, depois de uma série negra de 18 meses consecutivos.

A análise da FEPICOP-Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas verifica também uma recuperação da atividade nos últimos 12 meses no segmento não residencial, contrastando com um forte decréscimo na área residencial. O negócio das Obras Públicas terá estabilizado.

No entanto, no acumulado do ano 2013 até outubro a redução na produção deverá estar em linha com a quebra do consumo de cimento (25%). A indústria registará este ano um novo mínimo histórico, recuando a produção 40 anos.

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Emigração reduz desemprego

Na frente do emprego, a FEPICOP nota que o sector representava no fim no 3º trimestre, 288.900 postos de trabalho. A redução é de 66.800 face a 2012. Em termos acumulados, a indústria destruiu, desde 2002, 319.693 empregos na atividade. A indústria reduziu para metade a sua força de trabalho.

A boa notícia é que o desemprego registou em outubro uma diminuição homóloga de 6,6% pelo oitavo mês consecutivo. O resultado é que o número de desempregados registados desceu de 100.141 (2012) para 93.493. Para esta evolução, nota a federação empresarial, contribuíram “a emigração massiva, as aposentações e as perdas de subsídio de desemprego”.

Até final de outubro foram adjudicadas obras públicas no valor de 775 milhões de euros, traduzindo uma quebra de 28% face aos mil milhões de há um ano atrás. Mas, o valor dos concursos abertos subiu ligeiramente (1,6%) para 1.536 milhões.
Até setembro, foram emitidas apenas 6.948 licenças de construção (-29,6% em termos homólogos acumulados). A redução é ainda mais acentuada na construção de habitação nova, com uma quebra de 35,3% dos fogos licenciados.

No entanto verifica-se no 3º trimestre um aumento homólogo de 6,3% no número de fogos licenciados. Relativamente aos edifícios não residenciais o relatório da FEPICOP dá conta de uma ligeira quebra homóloga (2,9%) da área licenciada, destacando-se um acréscimo nos edifícios destinados ao turismo e à agricultura.

Abilio Ferreira (Rede Expresso)

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