Construção de centro e lar de idosos arranca em 2011

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Esta semana ficámos a saber que há mais de 300 pessoas na lista de espera do único lar de idosos existente no concelho de Monchique, que tem capacidade para apenas 80 utentes. Para fazer face ao reduzido número de respostas nesta área, num município rural, isolado e envelhecido, a autarquia prevê arrancar no início do próximo ano com as obras de construção de um lar de idosos em Marmelete e um centro de dia em Alferce. O presidente Rui André revelou ainda ao JA Magazine que a vila de Monchique vai ganhar uma unidade de cuidados continuados.

A construção de um lar de idosos em Marmelete e de um centro de dia em Alferce é um sonho antigo de ambas as freguesias do concelho de Monchique.

Segundo apurou esta semana o JA, as duas obras vão arrancar no início de 2011 e estarão a funcionar em 2013, visando “dar resposta às constantes solicitações da população”.

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O lar de idosos vai ser construído de raiz em Marmelete, com capacidade para 24 utentes, criando ainda 12 postos de trabalho.

Por seu lado, o centro de dia de Alferce vai nascer da remodelação da antiga escola primária e vai acolher 40 idosos, criando 10 empregos.

Em termos de investimento, o lar de Marmelete ultrapassa os 800 mil euros, enquanto o centro de dia de Alferce ronda os 220 mil euros. Ambos os projetos são financiados a 60 por cento pelo fundo social europeu e 40 por cento por privados. No entanto, face à necessidade destes equipamentos, a autarquia decidiu assumir este papel.

“Trata-se de um grande esforço financeiro para a câmara na atual conjuntura económica, mas não podíamos deixar de apoiar este tipo de projetos que tanta falta fazem ao concelho”, disse ao JA o presidente Rui André.

O autarca realça que o município tem “graves carências” ao nível das respostas sociais, revelando que “apenas existe um lar de idosos em todo o concelho”, dirigido pela Santa Casa da Misericórdia de Monchique, cuja capacidade é de 80 utentes, mas que apresenta “uma lista de espera com mais de 300 pessoas”.

Apoio domiciliário vai cobrir todo o concelho

Num município onde o índice de envelhecimento é um dos mais altos do país, o presidente da Câmara de Monchique reconhece que “os novos projetos vão ajudar, mas não vão resolver tudo”.

É que, para além das pessoas incluídas na extensa lista de espera do único lar de idosos em Monchique, existem ainda muitos idosos que vivem sozinhos, alguns sem proteção da família ou qualquer tipo de apoio. E as instituições de solidariedade social não têm capacidade para acolher toda a gente.

Por isso, enquanto o lar e o centro de dia não entram em funcionamento, Rui André frisa que a autarquia vai apostar forte no apoio domiciliário.

“O objetivo é cobrir todo o concelho, pois consideramos que é a melhor resposta para as pessoas idosas que vivem isoladas, mas que desejam continuar a viver em casa e na sua terra”, refere o autarca, acrescentando que este serviço tem como missão “ajudar na higiene pessoal, na limpeza das casas, nas roupas e alimentação” da população mais fragilizada.

Para além destes projetos, a Câmara de Monchique assinou também recentemente um protocolo para a construção de uma unidade de cuidados continuados na vila, com 30 camas.

Nuno Couto/Jornal do Algarve

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